LISBOA
Botando os pés pela primeira vez em Portugal.
E Lisboa é INCRÍVEL. Das cidades mais lindas que conheci,
mesmo. Reconhece-se muito do Brasil, mas com todo o charme europeu. Tem algo do
Rio de Janeiro, de Olinda, de Ouro Preto, esse Brasil antigo, que veio daqui.
Fora que é das cidades mais apetitosas do mundo – eu só rivalizaria com Paris –
com uma pastelaria a cada esquina, restaurantezinhos super charmosos. Um mimo.
O charme antigo de Lisboa também tem o lado negativo do antiquado. Foi só eu chegar aqui e um
caixa eletrônico engolir o meu cartão. Dois dias depois, a gerente do banco me
devolveu e disse que “era normal isso acontecer.” Como assim? E se eu não
tivesse outro cartão e dinheiro para pagar as contas/comer/viver?
A cidade também tem um sistema de wifi bem limitado. Pode
parecer frescura, mas o Google Maps é uma mão na roda quando estou numa cidade
desconhecida. E sem um número de celular aqui, fica difícil me comunicar com os
amigos da cidade sem acesso à internet.
Estou hospedado no Hotel Flamingo, que é central e reservei
na sorte. O preço é bem ok, o quarto é grande, tem uma banheira deliciosa, mas
o café da manhã é vergonhoso quando
se compara com o que cada cafezinho de rua oferece. Além disso, só tem um
serviço de wifi cobrado a 5 EUROS A HORA. Como alguém poderia TRABALHAR num
hotel desses? Bem, felizmente o sistema é português, e não é preciso ser um
grande hacker para estender essa hora gratuitamente...
Cheguei na segunda, peguei o finalzinho da Feira do Livro e
encontrei a Petra, que trabalha com a Nicole, minha agente. Apesar da agenda
apertada dela por aqui, conseguimos passear um pouco pela cidade.
Tiburones.
Hoje de manhã fui ao Oceanário de Lisboa, aquário estupendo,
que com certeza é meu favorito no mundo (e olha que já fui no famoso Aquário de
Osaka, no Japão).
E, por pura sorte, amanhã é um dos feriados mais importantes
do país: Dia de Santo Antonio. Esta noite o povo todo está pelas ruas, numa espécie
de carnaval lusitano. Dei um pulo no Alfama, onde tem uma tradicional festa de
rua, com sardinha na brasa, música e bebidas. Estava achando bem divertido, mas
depois de um tempo não conseguia mais manter os olhos abertos com toda aquela
fumaça de churrasco concentrada, e só conseguia pensar: “Por que diabos eu
acabei de lavar o cabelo?”
Onde termina o aquário...
Amanhã é meu último dia aqui. Então voltei para o hotel para
recarregar as energias e devo voltar para a festa, que hoje deve se estender
pela noite toda. Queria conhecer um pouco a zona gay, mas com todas essas
festas de rua não vejo muito sentido. Também estou meio cansado de sair
sozinho. Não tenho mais tanta resistência para beber; não tenho vontade de
caçar; estou namorando e queria mesmo estar fazendo tudo isso com certo loirin.
"Seja uma pessoa feliz, coma arroz doce da tia Beatriz!"
Mas esse é um bom motivo para voltar ao Brasil. E já gastei demais, comi demais, me queimei demais. Cheguei aqui na segunda, com 16C, hoje estava 36C e estou todo vermelho. Essa será uma viagem curta, de dez dias, mas já é mais do que o suficiente. E já tenho confirmado o 25o pais da minha lista: México ! Ainda este ano.
Always on the road.