MUNDIN DAS LETRAS...
Entrevista recente minha com Daniella Zupo, no ótimo "Agenda", da Rede Minas, sobre a reedição do Mastigando Humanos.
Final de ano sempre é movimentado no "mundin das letras", e acabei fazendo mais do que no resto do ano inteiro.
Depois da Fliporto, teve a "Balada Literária", em que mediei uma mesa e acompanhei alguns lançamentos. Acho que o maior mérito e grande diferencial da Balada é sua generosidade em mostrar as possibilidades da literatura. Que é Lygia Fagundes Telles, Luiz Schwarcz, Caetano Veloso e Raduan Nassar- mas também Dani Umpi, Hugo Guimarães, Mauro Nunes, Índigo e tantos e tantos outros. Não é um eventozinho alternativo, assim como não é um enventozão careta. É uma vitrine riquíssima das mais diversas expressões que passam pela literatura.
Ainda que, por falta de tempo, eu não tenha conseguido participar de muita coisa nessa edição, ouvi, li e participei de bate-papos riquíssimos, não só em mesas de livrarias como em mesas de bares, nas madrugadas. E não só com autores, mas com leitores, músicos, jornalistas.
De uma das discussões que ficou, lembro bem de discorrer sobre essa figura tão valorizada do "escritor discreto" - aquele ser humilde, silencioso, que é valorizado por fazer seu trabalho sem aparecer. Raramente se percebe que é esse também que só colhe elogios, prêmios, glórias, mas deixa de elogiar, divulgar, ajudar seus colegas autores. Está longe de ser o autor generoso.
E generoso é o que não podemos deixar de dizer de Marcelino Freire, que organizou mais essa Balada Literária (e não só isso). Brinde a ele.
Hoje estive no Prêmio São Paulo. Havia vários queridos concorrendo - Evandro, Xico Sá, Luisa, Luize, Raphael, Zuenir. Achei merecidíssimo o Galera ganhar, já tinha falado do livro dele aqui. Os iniciantes premiados eu não conhecia, mas também acho bem positivo serem de editoras pequenas, e não tão integrados no meio. Também pude ter boas conversas - e uma certa esperança na profissionalização do meio literário brasileiro, embora eu ande bem pessimista no futuro do país como um todo.
Mas afinal, sendo realista, é possível ser otimista na minha idade, quando os melhores anos provavelmente já ficaram para trás?
Oh!
Em outra discussão que tive, ouvi a ótima frase: "O sucesso só faz sentido quando se é jovem" (e só não credito aqui porque não sei se o autor quer assumir). Mas é verdade, é verdade. Sucesso! depois de um tempo não é mais aproveitado, não é recebido com o mesmo entusiasmo, a mesma euforia - não faz o mesmo sentido.
"Faça sucesso o quanto antes, ou vai acabar igual a mim."
(Essa é só mais uma boa frase de efeito.)
Resta ir ao México. Isso será novidade, no próximo final de semana. Ainda inédito - 25o país que vou conhecer. Para a Feira de Guadalajara. A minha programação oficial é essa:
Entrevista recente minha com Daniella Zupo, no ótimo "Agenda", da Rede Minas, sobre a reedição do Mastigando Humanos.
Final de ano sempre é movimentado no "mundin das letras", e acabei fazendo mais do que no resto do ano inteiro.
Depois da Fliporto, teve a "Balada Literária", em que mediei uma mesa e acompanhei alguns lançamentos. Acho que o maior mérito e grande diferencial da Balada é sua generosidade em mostrar as possibilidades da literatura. Que é Lygia Fagundes Telles, Luiz Schwarcz, Caetano Veloso e Raduan Nassar- mas também Dani Umpi, Hugo Guimarães, Mauro Nunes, Índigo e tantos e tantos outros. Não é um eventozinho alternativo, assim como não é um enventozão careta. É uma vitrine riquíssima das mais diversas expressões que passam pela literatura.
Ainda que, por falta de tempo, eu não tenha conseguido participar de muita coisa nessa edição, ouvi, li e participei de bate-papos riquíssimos, não só em mesas de livrarias como em mesas de bares, nas madrugadas. E não só com autores, mas com leitores, músicos, jornalistas.
De uma das discussões que ficou, lembro bem de discorrer sobre essa figura tão valorizada do "escritor discreto" - aquele ser humilde, silencioso, que é valorizado por fazer seu trabalho sem aparecer. Raramente se percebe que é esse também que só colhe elogios, prêmios, glórias, mas deixa de elogiar, divulgar, ajudar seus colegas autores. Está longe de ser o autor generoso.
E generoso é o que não podemos deixar de dizer de Marcelino Freire, que organizou mais essa Balada Literária (e não só isso). Brinde a ele.
Hoje estive no Prêmio São Paulo. Havia vários queridos concorrendo - Evandro, Xico Sá, Luisa, Luize, Raphael, Zuenir. Achei merecidíssimo o Galera ganhar, já tinha falado do livro dele aqui. Os iniciantes premiados eu não conhecia, mas também acho bem positivo serem de editoras pequenas, e não tão integrados no meio. Também pude ter boas conversas - e uma certa esperança na profissionalização do meio literário brasileiro, embora eu ande bem pessimista no futuro do país como um todo.
Mas afinal, sendo realista, é possível ser otimista na minha idade, quando os melhores anos provavelmente já ficaram para trás?
Oh!
Em outra discussão que tive, ouvi a ótima frase: "O sucesso só faz sentido quando se é jovem" (e só não credito aqui porque não sei se o autor quer assumir). Mas é verdade, é verdade. Sucesso! depois de um tempo não é mais aproveitado, não é recebido com o mesmo entusiasmo, a mesma euforia - não faz o mesmo sentido.
"Faça sucesso o quanto antes, ou vai acabar igual a mim."
(Essa é só mais uma boa frase de efeito.)
Resta ir ao México. Isso será novidade, no próximo final de semana. Ainda inédito - 25o país que vou conhecer. Para a Feira de Guadalajara. A minha programação oficial é essa:
estinaçao Brasil | ||||
03-Dic | Destinaçao Brasil | 17:00 a 18:50 | Salón 3, planta baja, Expo Guadalajara | |
Latinoamérica Viva | ||||
04-Dic | Latinoamérica Viva | 17:00 a 18:50 | Salón Juan José Arreola, planta alta, Expo Guadalajara | |
Ecos de la FIL | ||||
04-Dic | Santiago Nazarian Ecos de la FIL | 11:00 | Cumbres San Javier |