03/01/2005

A REALIDADE É MEU GODZILA

Quando eu estava fugindo para Juqueí, na quinta, o porteiro do prédio me deu um envelope com o jornal "Metrópole da Amazônia", enviado pelo jornalista Mozart Lira.

Ele fez uma matéria de página inteira sobre meu trabalho. Fala de "Olívio", de "A Morte Sem Nome" e já adianta a trama de "Feriado de Mim Mesmo". Além disso, dá um ótimo panorama da minha trajetória profissional, minhas experiências como barman comentando inclusive minha participação no programa da Monique Evans (ai, ai, que foi um horror, no começo de 2003, para promover "Olívio").

Agora fico esperando surgir o convite para eu fazer alguma coisa lá pela região...

Em Juqueí, não fiz muito além de tostar ao sol e balançar na rede. Meus serviços de barman também foram requisitados pela família Luciancencov, que me recebeu com toda a hospitalidade. Foram muitas caipirinhas, mas eu mesmo segurei a onda e poupei meu fígado...

Por falar em segurar a onda...

Alguém aqui conhece Juqueí? Praia lindíssima, chiquérrima, coisa fina de butique. Eu e o Daniel varremos o lugar à procura de um quiosquezinho na praia, um boteco à beira mar ou coisa assim, mas nada. O lugar só tem bistrôs, creperias, nem sorveteria tem, só "gelateria". O povo que circula também é uma intersecção de Capricho com Caras, jovens bonitos e bem nascidos, com seus pais barrigudos e bem nutridos. Enfim, foi uma boa virada, talvez me traga mais dinheiro nesse novo ano...

Pois não é que eu volto pra casa e o tsunami invadiu meu apartamento, passando por baixo da porta, me afogando em contas e mais contas para pagar? Ai, ai, a realidade é que me mata. Outro dia sonhei que o Godzila estava destruindo São Paulo, e eu estava super feliz, porque com uma catástrofe dessas eu não teria de me preocupar com coisas pequenas, como em pagar o aluguel.

Não é egoísmo não, é sonho.

Por falar em tsunami, o que eu posso acrescentar que já não tenha sido dito? Uma tristeza, mas ao menos desta vez foi uma intervenção superior... O saldo que fica é que a natureza sabe o que faz, e nós não temos a mínima idéia do que fazer.


ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...