08/10/2005

LARGA DA MINHA PATA

"A morte sem nome is a radically unsentimental novel. Santiago Nazarian’s dense poetic language succeeds in combining merciless realism and nightmarish exaggeration."

É isso mesmo. Adorei. Frase de divulgação do meu livro aí pelo mundo. Está no material da Dra. Ray-Güde Mertin, agente que me representa internacionalmente desde o ano passado.

Nessa última quinta-feira fui assistir ao show de outra banda do Ceará, "Montage". É um projeto de elektropunk com guitarra, programações e o vocal de Daniel Peixoto. Coisa fortíssima. Lembra bastante bandas elektrogothic como Alien Sex Fiend e Skinny Puppy, tanto o som quanto a performance, mas com uma brasilidade que deixa tudo mais interessante. Começaram com aquela "Money, Success, Fame, Glamour" do filme Party Monster, que ficou bem feitinha, pesadinha, mas previsível. O melhor começou com a segunda, "Raio de Fogo", deles próprios, que, como definiu o vocalista, é uma "macumba eletrônica", falando de Pomba Gira, encruzilhada, noite de lua cheia e coisas do demo.

E coisa do demo é o piá Daniel. Avassalador. Começa o show todo montadinho e termina só de cueca se esfregando nas caixas de som. Seu vocal é gritado, não melódico, funcionando como um MC que incita a galera à orgia ou à destruição. Lá pelas tantas eles metem um elektrofunk: "ela pula, ela gira, ela dá cambalhota. São as ginasta carioca" é a letra. E ele pede para o público gritar: "Vai Daiane! Vai Danielle!" Haha, é para levar na esportiva, em todos os sentidos.

Dá para baixar várias faixas deles no site da Trama: http://www.tramavirtual.com.br/montage, mas eu acho que é o tipo de coisa que tem de se ver ao vivo, como performance, afinal, elektro é isso, DJS performáticos. De qualquer forma, eles tem um bom trabalho de bases pesadas e guitarras distorcidas.

Falando em guitarras distorcidas, achei um link para o meu conto "O Vendedor de Mancebos", que saiu na Revista E deste mês. Quem quiser ler, toma aí:

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=227&Artigo_ID=3544&IDCategoria=3868&reftype=2

E depois eu conto sobre a gangue que enfrentei sozinho, com uma caixa de Todynho.

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...