CATORZE ANOS DE FOME
Hoje fui ver "Capote". Gostei. Bem... gostei. Só isso. Achei interessante, por já ter lido o livro (A Sangue Frio) e talvez por já ter lido o livro não tenha me acrescentado tanto, sei lá. Também achei o ator bom. É... bom, mas não me impressionou. Sabe como é, ele é bem afetado, caricato, deve ser fácil interpretar algo assim, ou o ator exagerou. Achei mais interessante a Catherine Keener como Harper Lee. Aliás, amo ela, desde "Being John Malkovich".
O interessante, que eu não me lembrava, era que Truman Capote foi mais um escritor alcóolatra. Mas que coisa, hein? Eu até concordo que o álcool pode se associar a literatura. É interessante escrever embrigado. Mas é impossível ler bêbado, sem condições. Eu mesmo estava tentando ler uma entrevista com a Márcia Denser agora.... haha.
Estou feliz por achar uma saída para um continho que vai sair por aí. Eu já tinha terminado outro, mas não estava satisfeito. É para uma antologia, digamos de terror (ainda não sei se posso dar os detalhes) e eu tinha feito uma coisa cybergótica que não ia para lugar algum (bem, talvez eu aproveite alguma coisa, ou coloque aqui no blog). Daí hoje fiquei ouvindo as crianças do andar de baixo brincando...Skinny Puppy no meu apartamento... e me despertou idéias das mais cruéis....
Enfim, acho que consegui um conto verdadeiramente assustador. O título provisório é "Catorze Anos de Fome". Roubei esse título de mim mesmo. Esse era o nome de um romance que comecei (lá por 98) mais nunca terminei. Originalmente era para ser a história de uma garota "Capricho" adolescente, que tem uma dessas crises de anorexia, quer ser modelo, coisa e tal, mas passa a comer carne humana. Hahah. Enfim, não prestou. E acho que nunca irá prestar. Mas sobrou o título e eu levei para um lado completamente diferente...Aguardem, aguardem. Eu estou satisfeito.
Falando em "aguardem", carne humana, coisa e tal, AGUARDEM "Mastigando Humanos", só falta fechar as ilustrações e mandar pra gráfica. Sai mesmo no começo do segundo semestre, assim quer a Nova Fronteira.
Eu continuo trevoso. Continuo nublado. Mas ao menos estou conseguindo direcionar isso para coisas minimamente produtivas... como literatura.