28/09/2006

AGORA A GENTE VAI CONHECER A MARIEL, QUE TEM 32 ANOS E DIZ: "NÃO TENHO MAIS TEMPO PRA LER PORQUE O VALDECY NÃO ME DÁ SOSSEGO."



Haha. Regininha sabe das coisas. Regina Volpato para presidente!

Falando em "para presidente", saiu esta semana na Folha minha escolha presidencial. Como de esperado, o texto foi editado, então colocado aqui na íntegra:

Tenho candidatos para todos os outros cargos. Para Presidente, tenho opção? Voto nulo, claro. Eu poderia votar na Heloísa Helena, nesse jogo de escolher o "menos pior", mas seria quase igual votar no Enéas por brincadeira. Ou aqueles questionamentos infantis: "você prefere morrer queimado ou comido por formigas?" Ah, não, não vamos juntar "A Escolha..." com "Os Desastres de Sofia".

Hehe. Eu votaria no Gabeira pra Presidente. Ele deveria ter se candidatado. Não ganharia, claro, mas ficaria em terceiro, subiria degraus para uma próxima eleição. Só que o PV tá falido, né? E acho que foi mais jogo ele se candidatar novamente a deputado, assim ao menos o partido dele tem chances de sobreviver...

Bem, para deputados e senadores temos váaaaaaarias opções, mas presidente....

Falando nisso, viram que o Mercadante citou meu livro?!! No último debate, na Globo, ele citou a frase de abertura de "Mastigando Humanos".

Eu fiz um longo caminho para chegar até aqui...

Será que eu o processo ou agradeço? Ele não deu os créditos. Não citou meu nome. De repente ele leu o livro e ficou no inconsciente, né? Vou deixar passar dessa vez...

A Revista Quem desta semana também me pediu um texto, que também foi editado bastante. Era uma "cesta básica de cultura", ou algo assim. Saiu com uma foto legal minha, antigona, que eu ainda não tinha visto. Vai aí também o texto integral que mandei pra eles:

Filme - "Morte em Veneza" de Luchino Visconti

1- Por que esse filme é marcante para você?
Assisti este filme pela primeira vez na TV, de madrugada, quando eu mesmo estava às voltas com a puberdade. Fiquei um pouco intrigado com a ambiguidade do filme, não conseguia entender exatamente se tratava de uma questão gay ou não e, claro, detestei o filme, achei chato, parado. Anos depois fui ler o romance de Thomas Mann e decidi rever o filme. Maravilhoso. Uma das melhores adaptações literárias para o cinema. Visconti foi totalmente fiel ao espírito de Mann e arrumou um Tadzio perfeito. Uma obra que trata da beleza e dos ideais da arte de forma cortante.

2- Tem alguma cena especial que deva ser citada?
A cena em que Aschenbach caminha para a praia e Tadzio passa girando entre os pilares. Uma fotografia belíssima que me impressionou quando finalmente fui ver no cinema.

3- Lembra da primeira vez que assistiu (as circunstâncias) ou se assistiu varias vezes?
Como eu disse assisti pela primeira vez na TV, quando eu mesmo tinha idade próxima do Tadzio. E continuo assistindo, me aproximando de Aschenbach, haha. A última vez foi no cinema, perto do reveillon, há uns dois anos. Eu já estava melancólico pela época do ano... quase me matei.

Disco - "Suede", da banda inglesa Suede.

1- Por que esse disco é marcante para você?
Hum, novamente vamos falar de ambiguidade. Ganhei este disco de uma namorada, quando eu tinha dezessete anos. Eu estava descobrindo o sexo, as drogas, toda a piração adolescente. E o disco falava exatamente disso. Lembro que eu me identificava tanto, tinha coisas tão pessoais lá, e coisas que eu não queria que todo mundo soubesse, que eu ficava constrangido de ouvir o disco alto.

2- Tem alguma faixa predileta?
A primeira, "So Young". Exatamente por esse lance de identificação. "We're so young and so gone, let's chase the dragon from our home". Fora as guitarras fodéeeeerrimas do Bernard Butler.

3- O álbum marcou em qual momento de sua vida (ou da vida do país)?
Ops, sempre respondo essa pergunta primeiro, né? Hehe. Marcou minha adolescência, em 94, 95. E em 2002 tive o prazer de conhecer a banda pessoalmente em Londres.

Livro - "The Picture of Dorian Gray", do Oscar Wilde

1- Por que esse livro é marcante para você?
Coloquei o nome em inglês porque li em inglês, também quando eu era adolescente. Foi uma descoberta de glamur na literatura. Quando li Wilde pela primeira vez pensei: "É isso o que eu quero fazer".

2- Leu mais de uma vez?
Sim. Li várias vezes. E há alguns anos comecei a traduzir, só por prazer mesmo. Mas é difícil e eu era um péssimo tradutor. Agora estou melhorando...

3- Qual é o grande achado do livro?
Assim como "Morte em Veneza", o livro também trata das questões da beleza e dos ideais da arte, só que de uma forma menos cerebral, mais dândi.

Filme/disco ou livro recente: "Abismo do Medo", filme de Neil Marshall.

Haha. Estou falando sério! Adoro filmes de terror, mas é difícil encontrar filmes realmente impactantes desse gênero ultimamente. "Abismo do Medo" consegue. Começa explorando toda a claustrofobia de uma caverna, o medo do escuro, da vertigem. Depois entra a parte sobrenatural mesmo, os monstros, o sangue, a violência explícita e chocante. Além disso, o filme tem um forte subtexto lésbico: Uma mulher perde marido e filha num acidente, então tenta superar o trauma se juntando a amigas "aventureiras" para explorar uma caverna "nunca penetrada pelo homem".

É isso. E antes que eu me esqueça, vou estar numa porrada de sites esses dias. Sexta-feira, vocês podem ouvir uma entrevista minha no programa Grind, na rádio do site Mix Brasil. Passa sexta às 16h, Segunda às 21h, Terça à 0h. Além do bate-papo, levo coisinhas divertidas para tocar: Suede, Eduardo Dussek, Multiplex...


Além disso:

Segunda-feira, 16h, estarei num chat no IG.

Segunda também, 19h, num chat no Uol.

Acho que esses chats colocam a entrevista por texto, áudio e vídeo. Apareçam, mandem perguntas, me xinguem, só não deixem a sala ficar vazia.

Por último, a revista Paradoxo publicou um ótimo perfil e resenha do meu livro novo, assinada pelo Fernando Oliveira. E mais interessante é a foto que eles usaram e mexeram. Acho que quiseram me deixar com cara de jacaré. Haha. Estou estranhíssimo. Photoshop sinistro.

"O que pareceria a primeira vista uma historinha infantil, se transforma num dos melhores romances do ano."- Fernando Oliveira, Revista Paradoxo.

Vai lá:

http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=3795

Tá bom, né? Depois falo sobre "Menina Má.Com" (péssimo título nacional para ‘Hard Candy"). Mas aviso: assistam.

25/09/2006

SANGRANDO EM MEU PEITO ESSE PÂNTANO



Marco Túlio batendo na mesa: "Quero minha parte dos direitos, porra!!!"

Hehe. Fotinho do lançamento, eu Marco Túlio e um mundo de gente.

Agora estou caçando outros lançamentos. Confirmado mesmo só a Feira do Livro de Porto Alegre. Você não me quer aí na sua cidade? Pois é, nem Rio de Janeiro foi ainda confirmado. A questão é que precisamos de eventos, Feiras, Bienais, Seminários. Fazer lançamento "a seco" em livraria só dá mesmo aqui em São Paulo. Aqui, amigos e parentes já garantem uma boa venda. Em outras cidades, que dependo exclusivamente dos leitores, é arriscado. Melhor então fazer dentro de um evento maior.

Pelo menos o romance está bem divulgado nos jornais aí pelo Brasil. Já li resenhas bem legais no Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Minas, Rio, Pará...

Para quem ainda não viu o livro, não leu, não sabe do que se trata, etc. Coloco aqui parte do que eu li no lançamento, uma apresentação dos personagens. Você sabe, o livro é narrado por um jacaré, se passa no esgoto, e todos os personagens têm nome de estações do metrô. Vai aí:

A vida nos esgotos das grandes cidades é muito rica. Pode-se conhecer a fundo poesia marginal, cultura underground, alta literatura e ciências biológicas. Não é a toa que nosso jacaré se tornou uma figura prodigiosa. Conheça então seus colegas do submundo.

Vergueiro: Antes que pudessem costurar sua boca, o sapo Vergueiro fugiu dos terreiros de macumba e se escondeu nos esgotos da grande cidade. Para comemorar sua independência, acendeu um cigarro, fumou em triunfo e zombaria. "Ei, você não está explodindo!" – se espantam os garotos de rua que passam hoje por lá. Não, com Vergueiro não tem esse papo furado.

Brás: Com esse pelo todo, com a umidade da fossa, é impossível um animal de sangue quente, como o cachorro Brás, não sentimentalizar. Isso se torna carência, a necessidade de estar aquecido, protegido, o pêlo afagado. Ele se apega a quem lhe dá segurança e os outros que sejam devorados! Não é a toa que o cachorro é tão leal, mesmo a um amigo jacaré...

Santana: Um grande tonel de óleo, uma lata velha despejada, mas com um certo charme, uma certa dignidade. Com seu ferro dentado, suas formas arredondadas, Santana tem o que é necessário para um réptil se apaixonar.

Tiradentes: Um homem, um esqueleto, uma lenda urbana. Descendo aos esgotos para catar latinhas, comprar bebidas e encher o refil, o velho Tiradentes acaba se parecendo mais com uma caveira. Mas não vamos nos deprimir. Afinal, as caveiras não estão sempre sorrindo?

Patriarca: Roedores! Seus dentes crescem infinitamente e eles precisam roer nossas carcaças para manter a ordem. Não importa se são ratos ou esquilos, afinal, um esquilo não é nada mais do que um rato com raízes rurais. O problema é quando se tornam autoritários, como o esquilo Patriarca, tentando comandar tudo no esgoto, organizar o inorganizável...

Ana Rosa: Com seus sapatinhos de crocodilo, todo final da tarde Ana Rosa alimenta o jacaré, jogando restos de yakissoba nas bocas-de-lobo. Não é o cardápio mais recomendado para um réptil, não é um alimento muito saudável. Mas quem sabe qual carne poderá ela oferecer, misturada a essa massa oriental?

Artur Alvin: Um rapaz se masturba no apartamento de cima, uma mulher ovula no apartamento de baixo. O resultado é uma criança, que desce pelos canos e desagua nos esgotos. Artur Alvin. Podemos dizer que a mistura não deu o pior dos resultados. Afinal, um menino com cabelos cor-de-mel e olhos amendoados tem tudo o que é preciso para abrir o apetite de um jacaré...


É isso. Nesse final de semana não fiz muita coisa. Fiquei como um bom réptil, deitado numa jacuzzi ao ar livre, no meio do campo, na casa da minha mãe, tomando caipirinha de manga, ouvindo Cauby Peixoto... Ah, sim, muito bem acompanhado.

A cuba libre da coragem em minhas mãos
A dama de lilás me machucando o coração...

21/09/2006

JACARÉ FELIZ E IGUANA INFLÁVEL


De tarde, caiu o mundo. Eu, que não rezo, tive de apelar para o sobrenatural. Não podia pedir para o Paulo Coelho fazer parar de chover, né? Afinal ele lança livro semana que vem, e pela minha antiga editora, mais do que concorrente. Então apelei para São Franz Liszt. Coloquei um cd dele e prometi a mim mesmo que não tirava até que parasse de chover.

Funcionou. No final da tarde o sol se abriu. E como se abriu...

O lançamento foi sensacional, incrível, inesquecível. Tanta gente amiga, querida, tanta gente que eu não conhecia, mas que foi lá me prestigiar pessoalmente. Teve gente que veio de Curitiba, do Rio de Janeiro, Ribeirão Preto...
Pena que nessa função de lançamento não dá para conversar muito, né? A gente vê tanta gente e só dá tempo de um beijinho, porque a fila atrás pressiona.

Mas tenho todos guardadinhos, nas fotos e no coração. Daniel Luciancencov vai me trazer um cd, então quem esteve por lá pode pedir que eu mando fotos.

Além dos autógrafos, teve uma rápida apresentação da editora e uma leitura minha. Gostaram? Agora é ler o livro...

Os canapés de jacaré estavam lá. Deliciosos. Tinha 4 tipos diferentes, preparados pela grande chef Fabiana Cesana do Sophia Bistrô, num coquetel organizado pelo Marcos Augustinas e o Carlos Pazetto. Eu mesmo só consegui provar um de cada, porque a função me impediu... Mas gostei. Quero mais!

Alguns dias antes do lançamento teve uma polemicazinha por causa dessa carne. Parece que uma imbecil protestou por estarmos servindo jacaré. Será que ela sabe que jacarés são criados em fazendas licenciadas pelo Ibama? Que são muito melhor tratados do que frangos de granja, por exemplo? Que inclusive parte da criação é devolvida ao habitat natural, contribuindo assim para manter a população de jacarés em bons níveis?

Mas tudo bem, no final deu tudo mais do que certo.

E valeu também pelos presentinhos que ganhei. Teve até uma "boneca inflável para iguana", presente do Donizete Galvão. Hahaha.

Bem, a divulgação do livro continua, continuam saindo resenhas ótimas. E fiquem atentos que logo vão ter umas coisas em TV e rádio. Assim que for confirmado aviso.

19/09/2006

PIPOCA, MEU BEM, PIPOCA, TEM PRO PAULISTA E TAMBÉM PRO CARIOCA.




A foto aí de cima é de uma dessas lendas não tão urbanas. Um explorador de cavernas que desapareceu numa expedição. Encontraram apenas sua máquina e essa última foto...

Provavelmente uma fraude, ok. Mas o interessante é que essa história gerou um belo filme. "Abismo do Medo", que já está em cartaz nos cinemas brasileiros, aposta nessa lenda. Inclusive o visual dos monstros é muito parecido. Mas pouca gente relacionou essa foto com o filme.

Dirigido pelo inglês Neil Marshall, "Abismo do Medo" é filme tenso e assustador, além de extremamente violento. A história tem um forte subtexto lésbico: uma mulher perde marido e filha num acidente. Um ano depois, tenta superar o trauma juntando-se a um grupo de amigas "aventureiras" para "explorar uma caverna desconhecida". Lésbico mesmo. E estranho ser dirigido por um homem. Porque não é um lésbico-fetichista, com mulheres semi-nuas se acariciando. É um lésbico para lésbicas, com mulheres fortes, companheiras, discutindo sobre feminismo e traição.

A primeira metade do filme é bem tensa, arrepiante, apostando no ambiente claustrofóbico da caverna, no medo da escuridão e de "algo que está por vir". Quando finalmente os monstros aparecem, o filme perde um pouco o clima, mas então choca pela violência gráfica explícita, com direito a fraturas expostas, olhos furados e canibalismo.

O resultado? O melhor filme de terror do ano. Seguido de perto de "The Hills Have Eyes – Viagem Maldita".


Agora, a porra é onde assistir esses filmes, né? Porque o Unibanco acha que Shyamalan é arte, mas monstros canibais não. Daí só passa no Metrô Santa Cruz, Metrô Tatuapé e o caralho. Ontem fui ver no Shopping Tatuapé – no caminho passei por todos os personagens do meu livro, haha – um terror em si. Não pude acreditar quando vi que vendem pipoca DENTRO da sala do cinema. Como isso é possível? Eu acho que até devia ser proibido comer pipoca em cinema, troço fedido, barulhento. Compra um halls, meu filho.

Hum... Estou conseguindo aparentar despreendimento?

Tá, vamos falar de "Mastigando Humanos", hehe. Estão pipocando mais matérias ótimas, no Estado de Minas, na Gazeta do Povo do Paraná. Essa última fez uma entrevista bem interessante comigo. Um trecho:

Se há três anos me dissessem que eu escreveria um livro com o Godzilla como personagem, eu diria que era besteira. Mas minha intenção foi desafiar essas minhas pólices, rigores, que também são um pouco as da literatura brasileira em geral. Afinal, como "jovem escritor" eu tenho obrigação de romper com paradigmas. Comecei vencendo os meus próprios.

(convém dizer que Godzilla faz apenas uma pequena participação no livro...)

Haha. Que chato, né? Alguém lê sobre meu livro no jornal, procura meu blog pra saber mais e eu falo sobre... a matéria no jornal. Bate-volta. Haha. Bem, bem, por isso fui explorar cavernas...

E o que eu estou lendo? Difícil. Estou há algumas semanas com "Ferdydurke", do polonês Witold Gombrowicz, avanço lentamente. Sei que é o que todo mundo está lendo, mas trata de uns temas parecidos com meu livro, a questão da maturidade, da "crise com o sistema de ensino". Eu mesmo tenho o sonho (pesadelo) recorrente que voltei para a escola. Só que não estou conseguindo muito sentar para ler. Fora que estou fechando a organização de uma antologia, pesquisando uns autores...

Bem, o lançamento é QUARTA AGORA, DIA 20, das 18:30 às 21:30 na LIVRARIA DA VILA - Fradique Coutinho 915, aqui em São Paulo. Vai ter um bate papo rapidinho, coquetel de carne de jacaré e tudo mais. Não precisa de convite para entrar. Apareçam e levem a família.

16/09/2006

CROCODILO? NÃAAAAAAAAAAAAAAAAO!!!






Opa, neste sábado pipocaram resenhas ótimas sobre "Mastigando Humanos". No Globo deu capa do caderno de literatura, inclusive com chamada na capa do jornal e matéria de duas páginas. Senti um tom levemente venenoso em algumas passagens, mas só o espaço já vale tudo, e a crítica da Beatriz Resende foi ótima:

"Dono de uma erudição extraordinária, Nazarian já surgiu premiado."

Quem vê pensa.

Miguel Conde, que assinou a matéria, se aprofundou bastante em alguns pontos. E eles ainda fizeram belas ilustrações do livro (cuidado, Marco Túlio, estão querendo roubar seu emprego...)


A Folha também publicou uma resenha legal. Não ótima, mas boa, assinada pelo Adriano Schwartz. Só tem um erro graaaaaaaaaaaaaave, colocam que o livro é narrado por um CROCODILO. Putz, que bangolice. O livro aponta váaaaaaaaaaaarias vezes a diferença. E nem existem crocodilos no Brasil. Sério, pode parecer bobagem, mas biologicamente trocar jacaré por crocodilo é mais errado do que dizer que um livro narrado por um homem foi narrado por um chimpanzé! E ISSO TAMBËM É DITO NO LIVRO! Hehe

Mas bobagens, valeu bem a resenha, tem um espaço legal e uma foto minha tirada na cobertura da Fabie.

Também saiu resenha na revista Época. Curtinha. Mas ótima, assinada pelo Guilherme Ravache. "A Obra comprova que Santiago é um dos mais inspirados autores da nova geração."

Muito obrigado.

O Mix Brasil colou no ar, na integra, a entrevista que fizemos para o videorelease do livro. São dez minutos, basicamente eu contando um pouco o processo do livro. Quem dirigiu e editou super bacana foi meu grande amigo Nicolas Graves. Para assistir só precisa de Media Player:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/10_113_52284.shtml

É isso. Espero que o livro continue bem, porque sou menino sensível, me magoo, me chateio e me suicido.

Ah, fui ver "Cachê" e não entendi o final.

14/09/2006

CHICLETE DANDI PARA OS SEM-DENTES

Os livros já chegaram aqui, já estão sendo distribuidos nas livrarias e custam só R$ 24,90. Achei um preço ótimo, principalmente por ter mais de 200 páginas, ser ilustrado, papel bom, bem acabado, verniz na capa...

Já dá para comprar pelo Submarino, Livrarua Cultura, etc.

O lançamento oficial mesmo é semana que vem, vocês sabem, dia 20, na Livraria da Vila. Começa 18:30, daí tem um bate-papo entre 19:30 e 20h, depois continua o lançamento, canapés de jacaré, bebidas e o caralho...

O "pós" ainda estou vendo onde vai ser. Para onde vamos depois do lançamento, sugestões? Já adianto que será um lugar onde NÃO SERÁ VENDIDO o livro, afinal, a gente ralou para fazer um coquetel legal na Vila, quem quer comprar o livro autografado que vá para lá.

De lançamento fora de São Paulo, só tem certo mesmo Porto Alegre, em novembro. Mas depois coloco as datas aqui. Ainda quero viajar bastante...

Esta semana já estou malhando a divulgação do livro. Ontem fui fazer umas fotos no metrô, para uma matéria. Constrangedor. Todo mundo me olhando com minha camisa bufante de estampa de jacaré. Haha. Como diria Pato Fu: "fui querer ser dandi, no país dos sem-dentes".

E acordei com dor-de-garganta. Ao menos estou um pouco mais tranqüilo, com meu chicletinho tão bonitinho aqui comigo...

13/09/2006

PROMOÇÃO ENCERRADA!



PRONTO! Esta é a imagem do jacaré vencedor, enviada pelo Ricardo Gomes, de Aracajú.

Eu poderia ser chato e dizer que o Stennio Machado me mandou várias imagens... mas NENHUMA era de jacaré, tudo crocodilo, hehe. Mas de qualquer forma, a mensagem do Ricardo Gomes chegou antes, bem pouquinho antes.

Valeu, promção encerrada por aqui e pelas comunidades. Gostei que os ganhadores são todos de fora de São Paulo.

Mais notícias em breve... Que esta semana está uma loucura...


CHEGOU!

Ah, ficou tão lindinho... dá vontade de mascar, heheh, essas cores, rosa e amarelo, parece chiclete. "Mascando Manos", pois é.

Então tá valendo a promoção: Seguinte, o primeiro que me mandar um email com uma foto (ou desenho) de jacaré, que ainda não tenha sido colocada neste blog, ganha os QUATRO romances, "Mastigando", "Feriado", "A Morte" e "Olívio".

Arquivos de, no máximo, 500kb, por favor, para: saintdragon@uol.com.br

Se a pessoa for de São Paulo, pode escolher, pega no dia do lançamento ou eu mando pra casa (mas capaz de chegar depois...). Se for de fora de SP, mando por correio.

Tem também promoção pipocando nas comunidades do Orkut. Mas tem de ser um vencedor diferente para cada promoção, hein?

Também não vale ninguém que trabalhou no livro (ilustração, divulgação, etc), porque esses já vão receber.

Coloco o vencedor – com a imagem do jacaré – assim que eu receber.

Até!

10/09/2006




Este é o convite "físico" do lançamento (com o serviço no verso). Meu mailing já está recebendo. Em breve envio o convite eletrônico (que é diferente, tem o jacaré e outra frase). As ilustrações são do Marco Túlio. A criação é minha e a arte é do Laerte Késsimos, do Satyros. O lançamento, vocês sabem, é dia 20 de setembro, na Livraria da Vila, aqui em SP. Estão todos convidados.

Para este lançamento, contei com vários amigos queridos, que me ajudaram a estender o universo do livro para a divulgação e promoção. Além do Marco Túlio e do Laerte trabalhando na arte, meu cumpadi, Nicolas Graves, dirigiu e editou uma entrevista comigo para o videorelease do livro. Taina Hagemann, genial diretora de arte de Porto Alegre, criou comigo um anúncio para o metrô (que ainda está sendo estudado...). Cristiane Lisboa me presenteou com o figurino de "réptil" e com os braceletes de jacaré que serão mandados em alguns kits de imprensa. Marcos Augustinas e Pazetto estão cuidando do coquetel de lançamento, que terá canapés de carne de jacaré preparados pela grande chef Fabiana, do Sophia Bistrô. E Daniel Luciancencov e Fabiana Batistela fizeram minhas fotos.

O livro sai da gráfica esta semana, e assim que sair estarei sorteando um kit por aqui. Quem quiser, fique atento, será um kit pelo blog, um pela comunidade "Santiago Nazarian" no Orkut e um pela comunidade "Mastigando Humanos" (que já foi criada pelo Oséias, leitor querido.). Os kits são os seguintes:

Pelo Blog, um kit com os 4 romances:

- Mastigando Humanos
- Feriado de Mim Mesmo
- A Morte Sem Nome
- Olívio

Pela comunidade "Santiago Nazarian", um kit "vip":

- Mastigando Humanos
- CD-Rom (ou DVD) com entrevista sobre o livro
- Bracelete de couro de jacaré (sintético, claro), numerado e assinado (só foram feitos 21)

Pela comunidade "Mastigando Humanos", só o livro mesmo:

- Mastigando Humanos

As regras eu só coloco quando estiver valendo, eheh. Mas fiquem ligados.

Ah, eu me divirto criando essas bagaças... haha.

No mais, vão assistir "Snakes on a Plane - Serpentes à Bordo", o melhor filme dos últimos 17 anos.

06/09/2006

ARANHA NO AÇÚCAR

Assisti neste final de semana o espetáculo de Denise Stoklos sobre Louise Bourgeois – "Faço, Desfaço, Refaço". Para quem não sabe, Louise Bourgeois é uma artista-plástica francesa, hoje com 95 anos, mais conhecida pelas esculturas de aranhas gigantes que espalhou pelo mundo (tem inclusive uma aqui no MAM).

Denise Stoklos é aquela "mímica esquisitona", brasileira, fazendo espetáculos cults e premiados há mais de três décadas, pelo Brasil e pelo mundo. Mas isso é pouco, pouco para definir o que se pode esperar de Denise em ação.

Não há nada flagrante, nada representativo nem nada isoladamente perfeito. Denise não é exatamente engraçada, não choca, não faz acrobacias, tem um ritmo bem neurótico. Assim que o espetáculo começou, pensei "isso não vai dar certo". Dramatização dificílima de definir o tom, sintonizar com o clima, a poltrona continuava macia. Ao se compor, decompor e recompor, a biografia de Louise serve como palco de discussão sobre fundamentos da arte, mas tudo num clima meio estranho, não deixa de ser didático, nem se entrega totalmente a isso.

É assim que a coisa vai se desenvolvendo, o texto vai se desdobrando, acontecendo, e, de repente... acaba.

É isso, a peça acaba quando você está aquecido, preparado para assistir mais duas horas de espetáculo. Quando você QUER mais duas horas de espetáculo. Quando eu finalmente entendi qual era a dela, fecham-se as cortinas. E pronto. Ponto. O espetáculo se torna perfeito.

Agora só posso ser mais um a se ajoelhar aos pés da Denise Stoklos. Incrível, fabulosa, sensacional. E ela atinge isso exatamente por não entregar nada fácil, não ser em nenhum momento óbvia, impressionante, impactante, é tudo no ponto certo para que o espetáculo tenha uma força como um todo. E acredito que isso só pode ser atingido por uma artista que se conhece tanto, que chegou a um nível tão grande de segurança... para não dizer "maturidade".

Não conheço quase mais nada do trabalho da Denise. Acredito que ela tenha realizado diversos atos impressionantes", tenha feito incríveis "piruetas e pirotecnias". Eu certamente gostaria de ver, eu acharia incrível. E talvez por ter feito tudo isso, hoje ela é "DENISE STOKLOS" e não precise mais de fogos-de-artifício, já tem estrelas em seu próprio nome.

Por tudo isso, Denise Stoklos é uma das maiores artistas que já assisti. E eu quero ver de novo. Esse mesmo espetáculo. Não é daqueles que corta tão profundo que você não quer estragar a primeira experiência. É daqueles que você gostaria de ver todos os dias. Decorar o texto. Deliciar-se ao perceber que cada coisa está no lugar certo, mesmo que pareça ter sido largada ao acaso.

Ai, desculpe, desculpe a pagação de pau. Haha. Mas é tudo de coração.

Serviço: "Louise Bourgeois - Faço, Desfaço, Refaço"- Texto e cenários de Louise Bourgeois, direção, adaptação e dramatização de Denise Stoklos. Em cartaz no Instituto Cultural Capobianco - R. Álvaro de Caravlho, 97, em São Paulo, até dia 1 de outubro. (os horários vocês procuram, bah!)

Bem, fora isso, o quê? M. N. Shyamalan? Fui ver o "Dama na Água". Sim, entendi o trabalho dele. Achei interessante a forma como ele lida com algumas questões, ok.. Respeito um pouco mais, apesar dele já ter dado emprego para o Mel Gibson. O problema é que as questões não me interessam... e são questões... rasas... Tudo bem, tudo bem, ele pode transformar uma piscina num portal para o outro mundo, mas isso não vai impedir o cloro de fazer meus olhos arderem. "Oh, o ser humano esqueceu de sonhar..." Hahaha. Nunca mais falarei sobre ele. Esquecerei, esquecerei.

Melhor ir ver "O Sabor da Melancia" do Tsai Ming-Liang. Não é o filme dele que eu mais gosto. Talvez seja o que eu menos gosto. Mas já vale pela trilha. Vi ano passado na Mostra e vou ver amanhã de novo.

Literatura? "Mastigando Humanos". À venda à partir de semana que vem. Lançamento oficial, dia 20. Hoje gravamos a entrevista para o C-Rom do release.

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...