(Viu só? No meu tempo, isso é que era ser gótico de raiz...)
E se me disserem que você está enfermo,
recolhido em hospital, insone,
seu coração desgovernado à mingua,
que eu faço do meu amor anônimo?
Como faço chegar os beijos tantos,
O brilho, o riso, o abandono
como levo até você os meus temperos,
como cuido das suas dores, como?
(Poema de Elisa Nazarian)
Minha mãe lança seu segundo livro esta semana, na Livraria da Vila, um volume de poemas chamado “Feito Eu”. Convite abaixo. Vejo vocês lá.
Saiu este mês uma matéria grande comigo na revista Mag! Por ser uma revista de moda, eles se concentraram em questões que, ao meu ver, não tem tanta importância no meu trabalho, mas ainda assim tem umas declarações curiosas:
“Nazarian é um galã extremamente talentoso e tem um gosto musical e literário refinadíssimo. Se eu fosse gay, investiria nele. É homem pra casar.” – João Paulo Cuenca
(Cuenca, se a gente se casasse você me levaria para passar a lua de mel em Tóquio?)
“Os livros de Nazarian tinham de vir com pôster central pra gente destacar e botar na parede.” – Cecília Giannetti.
(Cecília, estava tentando vender essa idéia pra "G", que paga pouco, mas ainda assim mais do que os tradicionais adiantamentos do meio literário.)
E uma supostamente minha: “A vida gay é complicada. As pessoas não querem namorar, elas só querem ficar por uma noite.”
(Haha. Eu disse isso? Puxa, não pensava que isso fosse um problema...)
Hoje fui cobrir o show do Evanescence para a Rolling Stone. Minha opinião você lê na revista do mês que vem, mas achei interessante a legião de metaleiros mirins do público. Não eram góticos. Não eram emos. Eram metaleirozinhos mesmo, alguns com os pais. E o entusiasmo deles com certeza era o mais divertido do show.
Agora genial, fantástico, incrível (como sempre) é o novo cd do Rufus Wainwright, “Release the Stars”. Nessa atual onda de cantores-pianistas-dândis-solo que estoura na inglaterra (com gente como Mika e Patrick Wolf), Rufus prova que é de longe (quilômetros, na verdade) o melhor deles. Mas exatamente por isso, não é assim tão pop, vai continuar sem estourar e sem fazer sucesso, embora talvez este seja o álbum mais acessível dele.
Clipe do primeiro single, "I'm Going to a Town": http://www.youtube.com/watch?v=21hJ_8-eKFo&mode=related&search=
Para terminar, a história do Coreano que matou seus colegas e mandou um manifesto multimídia para as redes de TV: Se você tiver algum professor de sociologia de butique ou semiólogo de Faap dizendo que isso é um reflexo da nossa cultura de reality shows, blábláblá, escreva um poema fúnebre e o ameace de morte.