"Papaaaaaai, me leva ao cinemaaaaaaaa!!!"
Agora sim! Como é legal esse filme novo do Hulk. O anterior (de 2003) era tãaaaaaaaao ruim que dava dó. Tinha um Bruce Banner banana (o Erik Bana), um Hulk tosco de CG e um tratamento de comics pra lá de cafona. Agora temos (o ótimo) Edward Norton de protagonista e um clima mais próximo da série de TV dos anos 70/80 , com direito à trilha sonora original, uma abertura parecida, uma ponta do (antigo Hulk) Lou Ferrigno e toda aquela idéia do personagem como fugitivo, pedindo carona na estrada, tendo de viver de biscates, etc.
O filme já começa com nosso herói em plena Favela da Rocinha! (Pois é, não bastasse essa onda dos nossos cineastas focarem a realidade “Cidade de Deus”, agora os monstros de Hollywood também vêm para cá). E a primeira transformação do Hulk é numa fábrica de guaraná! Mas está tudo certo, porque o que falta no cinema nacional é fantasia, então que tragam o incrível Hulk!
Os inimigos e os combates também estão mais bacanas. O Hulk em si está mais soturno. Só repetiram a cagada de fazer o bicho em animação. Puta merda, Hollywood consegue transformar o Eddie Murphy numa mulher gorda, será que é muito difícil maquiar o Edward Norton como um monstro musculoso? Claro que o Hulk continua parecendo uma animação – um Roger Rabbit radioativo, digamos – e esse é o ponto fraco do filme. Acaba sendo mais legal as fugas e a expectativa em ver o monstro.
Eu sou fã do personagem desde que me lembro. Na verdade, minha lembrança mais antiga envolve o Incrível Hulk, sabia? Lá no comecinho dos anos 80 estreou aqui no Brasil o longa metragem baseado na série de TV (que eu assistia sempre). Lembro do meu pai saindo da nossa casa na Rua Turquia, colocando as coisas no carro, provavelmente se separando da minha mãe, e eu perguntando se ele ia me levar ao filme do Hulk.
Ele nunca me levou...
Continuando a psicanálise pop, fui ver Indiana Jones também. Também fez parte da minha infância, mas agora ou eu estou grande demais pra isso, ou é ele que ficou muito velho. O filme é chato. Chato. E o Indiana Jones em si não faz nada, nada. Tudo bem que Harrison Ford está com mais de 60 anos, mas o personagem sempre foi um professor de arqueologia que nas horas vagas se metia em estripulias tentando resgatar tesouros históricos. Podia muito bem ser interpretado por um tiozão. Mas parece que o roteiro faz questão de mostrar que Indiana Jones ficou velho. Então ele deixa toda a ação para um ajudante adolescente (que não tem graça nenhuma), e nem mesmo se arrisca em romances relâmpagos com Indiana-girls. Seu par romântico neste filme é a requentada (literalmente) Karen Allen. Chato.
(Sabia que uma das minhas memórias mais antigas é da minha babá me batendo com o chicote de Indiana Jones do meu irmão? Blábláblá...)
Fui ver também o show da Adriana (a Calcanhotto). Bacana. Bem gostoso. Musicalmente ótimo. Mas talvez falte um algo mais... É um show beeeeeem frio, com o que isso tem de bom e de ruim. Adriana não interage nada com a platéia. Ok, até conta umas histórias, mas sempre naquele tom mecânico, marca registrada dela. Sem problemas. Só acho que poderia ter algum movimento, principalmente pelo show tratar de mar, maré, podia ter um movimento, umas ondas, umas mulheres dançando vestidas de sereia (hahaha). Adriana fica estática. Os músicos ficam estáticos. O cenário fica estático. Para ouvir, foi lindo. Mas eu não compraria o DVD.
O filme já começa com nosso herói em plena Favela da Rocinha! (Pois é, não bastasse essa onda dos nossos cineastas focarem a realidade “Cidade de Deus”, agora os monstros de Hollywood também vêm para cá). E a primeira transformação do Hulk é numa fábrica de guaraná! Mas está tudo certo, porque o que falta no cinema nacional é fantasia, então que tragam o incrível Hulk!
Os inimigos e os combates também estão mais bacanas. O Hulk em si está mais soturno. Só repetiram a cagada de fazer o bicho em animação. Puta merda, Hollywood consegue transformar o Eddie Murphy numa mulher gorda, será que é muito difícil maquiar o Edward Norton como um monstro musculoso? Claro que o Hulk continua parecendo uma animação – um Roger Rabbit radioativo, digamos – e esse é o ponto fraco do filme. Acaba sendo mais legal as fugas e a expectativa em ver o monstro.
Eu sou fã do personagem desde que me lembro. Na verdade, minha lembrança mais antiga envolve o Incrível Hulk, sabia? Lá no comecinho dos anos 80 estreou aqui no Brasil o longa metragem baseado na série de TV (que eu assistia sempre). Lembro do meu pai saindo da nossa casa na Rua Turquia, colocando as coisas no carro, provavelmente se separando da minha mãe, e eu perguntando se ele ia me levar ao filme do Hulk.
Ele nunca me levou...
Continuando a psicanálise pop, fui ver Indiana Jones também. Também fez parte da minha infância, mas agora ou eu estou grande demais pra isso, ou é ele que ficou muito velho. O filme é chato. Chato. E o Indiana Jones em si não faz nada, nada. Tudo bem que Harrison Ford está com mais de 60 anos, mas o personagem sempre foi um professor de arqueologia que nas horas vagas se metia em estripulias tentando resgatar tesouros históricos. Podia muito bem ser interpretado por um tiozão. Mas parece que o roteiro faz questão de mostrar que Indiana Jones ficou velho. Então ele deixa toda a ação para um ajudante adolescente (que não tem graça nenhuma), e nem mesmo se arrisca em romances relâmpagos com Indiana-girls. Seu par romântico neste filme é a requentada (literalmente) Karen Allen. Chato.
(Sabia que uma das minhas memórias mais antigas é da minha babá me batendo com o chicote de Indiana Jones do meu irmão? Blábláblá...)
Fui ver também o show da Adriana (a Calcanhotto). Bacana. Bem gostoso. Musicalmente ótimo. Mas talvez falte um algo mais... É um show beeeeeem frio, com o que isso tem de bom e de ruim. Adriana não interage nada com a platéia. Ok, até conta umas histórias, mas sempre naquele tom mecânico, marca registrada dela. Sem problemas. Só acho que poderia ter algum movimento, principalmente pelo show tratar de mar, maré, podia ter um movimento, umas ondas, umas mulheres dançando vestidas de sereia (hahaha). Adriana fica estática. Os músicos ficam estáticos. O cenário fica estático. Para ouvir, foi lindo. Mas eu não compraria o DVD.
Hoje terminei aqui a tradução de mais um livro: “The Somnambulist”, romance de estréia do Inglês Jonathan Barnes. Bem divertido, uma coisa pulp meio Sherlock Holmes, sobre um mágico que investiga estranhos crimes numa Londres vitoriana. O livro todo é recheado de personagens freaks – mulher-barbada, homem-mosca, espiões albinos – e referências a clássicos da literatura. Foi legal de traduzir, ainda mais porque a editora (Mercuryo) me garantiu prazo e pagamento razoáveis (coisa rara hoje em dia), para se fazer um trabalho decente. Assim vou me tornando um tradutor e um escritor melhor.
E amanhã começa mais um SPFW. Vou estar lá o dia todo, todo dia, fazendo minha coluna “Última Fila” pro “Journal” da Erika Palomino. Quem não for lá na Bienal, pode encontrar o Journal encartado no Estadão, em algumas bancas. (Também vou estar com uma segunda coluna diária no Journal, mas essa é segredo, assino com pseudônimo. Você pode tentar adivinhar...).