PLANTAS, PETIZES E PIRATAS.
Novo do Cansei de Ser Sexy.
E estava para postar do novo do CSS. Eu gosto, gostei e sempre ouço. Acho lindo como uma banda "do baixo augusta" explodiu no mundo com toda a esperteza do submundo paulistano. Não são exatamente amigos, mas já dividi palco (na época que eu mesmo tinha banda) e papos com Adriano Cintra, e Luisa Sá é uma querida amiga de baladas ancestrais. Me sinto representado.
Encontrando Lovefoxxx na Escandinávia em 2011.
Acontece que eles mesmos brigaram entre eles. Adriano Cintra, mentor-produtor da banda, resolveu sair em 2011 e temia-se pelo futuro da banda. Vi um show em Oslo, no final de 2011, conversei com a Luisa e fiz uma materiazinha para a Noize sobre isso:(http://www.santiagonazarian.blogspot.com.br/2011/11/css-rockfeller-oslo-resenha-que-fiz.html)
A banda continuava à toda fazendo shows, mas e o que faria em seguir?
O resultado é "Planta", o novo álbum de estúdio, lançado a poucos meses.
Como eu disse, eu gostei. Não amei. Acho bem seco, a ausência do Adriano é sentida nas melodias e produções, mas ainda há bons momentos, especialmente nas baladas, "Frankie Goes to North Hollywood" e "Hangout" (minha favorita). Eles parecem ter dado vários passos atrás, voltado ao som básico e descompromissado que os fizeram célebres, em primeiro lugar. Seria mais legal se fosse um pouco mais espontâneo (ou sem-noção, como as primeiros demos do CSS), mas ainda há coisas bem gostosinhas. Pior do que o primeiro e o terceiro, melhor do que o segundo.
Na verdade, acho que entendo os dois lados. Adriano - que estava cansado de uma banda que não tocava, e queria profissionalizar as meninas - e as meninas, que só queriam se divertir e manter a tosquice marca-registrada. De qualquer modo, acho uma pena. Porque (a vocalista) Lovefoxxx tem um carisma e uma presença de palco absurdos e (o cérebro) Adriano Cintra é um grande músico-produtor, e um poderia continuar se beneficiando horrores do outro. Quem sabe não fazem as pazes num futuro próximo?
Mas além deles, uma série de amigos lançaram coisas bem bacanas esses tempos. Gosto sempre de divulgar (embora nem sempre sinta uma reciprocidade...), e não acho nada vergonhoso dizer "Ei, ele é meu amigo! Eu conheço! É meu amigo!" Mais vergonhoso é invejar os amigos e não ajudar na propagação, não?
Dani Umpi é um cantor-performer-escritor uruguaio (e meu editor peruano jurou que ele seria meu tradutor de Mastigando Humanos no Peru, que nunca foi lançado) apaixonado pelo Brasil, que sempre faz coisas fora da casinha. O clipe novo dele é um ótimo exemplo de como não é preciso grandes produções para se fazer um viral, só uma ideia bacana. Achei lindinho e compartilho.
Olha que cult no último: Michel Melamed (que assina a orelha da nova edição de Mastigando Humanos), Dani Umpi e eu, na balada literária de 2009.
E continuando, o querido Guilherme Weber dirigiu um lindíssimo clipe a la Anthony and the Johnsons para o Paulo Carvalho, com participação da fofíssima Salete Campari. É o baixo augusta novamente no poder.
E o meu muso Thiago Pethit (que se você acompanha este blog há tempos, você viu bem antes aqui) lançou um clipe que já é hit, dirigido pelo grande Heitor Dhalia, que já me pagou um pão de queixo no Metrô Sacomã, Tem participação do musinho Vini Uehara, que bem que podia continuar com sua banda Youth Parade, que era uma delícia e também já postei aqui.
E de bonusssss... o novo da MARLI a Rainha das Trevas brasileira: Macumba Pirata.
Empane o bebê negro, farinha de trigo até o dedão, vamos banhar em óleo, e jogar na boca do vulcão. Quero ser amigo dela também!
Vamos lá gente! Quero ver todo mundo pirateando essa macumba!