26/09/2013

REGURGITANDO HUMANOS

Sempre um Papo, com a querida Ana Rosa, em BH (Fotos Jackson Romanelli)

Minas Gerais foi mais uma vez muito carinhosa comigo (isso devia estar no plural?). Fui à convite do Sempre um Papo, mas consegui emplacar também matérias bem bacanas nos jornais Hoje em Dia e O Tempo e uma nota do lançamento no O Estado de Minas, além de gravar uma entrevista para a Rede Minas. A apresentadora, Daniella Zuppo, do Agenda, foi uma querida e parecia mesmo já ter lido o livro (e gostado). São essas coisas que fazem valer a pena e por isso que adiei meu suicídio para daqui a quinze dias.


A mediadora do bate-papo - que tinha o incrível nome de Ana Rosa, como no livro - além de ser uma fofa, fez muito bem o dever de casa e conversou em profundidade comigo sobre meus sete livros, e eu também dei uma palhinha do oitavo. Tudo foi gravado para um programa da TV Senado. Assim que eu tiver o link, posto aqui. 

Acabei de entregar esse meu próximo para a editora, estamos começando a conversar sobre o lançamento no próximo ano, então estou naquela fase de achar que os anteriores estão aquém, com uma certa ansiedade em mostrar que estou vivo, produtivo e com sede de vingança. 

Mas está sendo ótimo que Mastigando Humanos teve essa revival espontâneo este ano em que não estou lançando nada novo. Principalmente porque me sinto esquecido e desprestigiado no meio (ou nas panelinhas?) literário. E é bom ver que o livro continua sua carreira, independente da minha vontade ou da sabotagem alheia. 

Daniella Zupo, do Agenda. 

Não foi planejado. Já havia conversado com a Record sobre uma nova edição, mas com a adoção do livro no vestibular da UEPB, apressamos o processo. Daí ainda teve as edições espanhola (já à venda) e a italiana (que já vi para encomendar por vários sites na Itália, mas acho que ainda não saiu. Nem vi a capa!) e fez com que esse livro fosse (novamente) meu grande lançamento este ano. 

Ele já teve uma bela carreira quando teve a primeira publicação, em 2006 - é dos livros que não tenho nada a reclamar da divulgação/repercussão - então tudo o que surge agora é lucro. 



Autógrafos em BH. 

Com pouco mais de dez anos de carreira, sete livros lançado, a gente fica naquele dilema. É claro que conquistei mais do que muitos autores, tenho meus leitores, meu espaço. Mas o espaço da literatura já é sempre restrito, e fica a dificuldade de sobreviver (como autor e como ser humano, pagar as contas, etc) se você não está no primeiro time. Eu me contentaria em ser de um time alternativo, paralelo, porque realmente acho que é aí que pertenço e não busco ser mainstream. Mas não há muito essa alternativa neste país. E não falo nem só em termos de literatura. Se você é artista, ou você está entre os grandes, ou precisa encontrar outro emprego para sobreviver. Eu nunca vivi exclusivamente dos meus livros, mas eles é que promovem minhas traduções, roteiros, palestras, textos de jornal. Para conseguir esses trabalhos correlatos, é preciso estar em evidência como autor, e esse é um processo tão árduo...

Felizmente tenho motivos para ser otimista e acreditar que minha obra permanece e que repercussões positivas continuarão a vir com o tempo. O desafio é sempre imediato, como vencer dia a dia.

Aproveitando:

Para quem pediu, perguntou, quer saber. Não posso vender "Mastigando Humanos", nem tenho estoque aqui pra isso. Mas ainda tenho um estoquezinho de FERIADO DE MIM MESMO (das primeiras edições, da Planeta) que está ESGOTADO nas livrarias e posso vender autografado. Me manda email no santiagonazarian arroba gmail.com, que mando as coordenadas. É para acabar com os que sobraram aqui em casa, hein? Depois só quando (e se) sair uma nova edição pela Record. ("Morte sem Nome" e "Olívio", sem chance por enquanto. Os outros 4 estão à venda nas boas casas do ramo)

NESTE SÁBADO!