07/07/2014

CAMPOS E METRÓPOLIS

Com toda a equipe da FLU (foto: Ana Paula Neves)

Uberaba é uma cidade de 400 mil habitantes do triângulo mineiro que não tem uma tradição especialmente literária. Ainda assim, tem gente que faz toda a diferença. Tiago de Melo Andrade é um escritor de quase dois metros de altura e gentileza maior ainda, que organiza desde 2011 a FLU, Festa Literária de Uberaba. Como o nome já diz, é uma festa; e os eventos literários adotam os mais variados: Festa, Festival, Feira, Fórum, Balada, Bienal... Os mais divertidos são mesmo os que mostram que a literatura pode se desdobrar em teatro, em música, em cinema, como a FLU.

Na minha roda viva. 


Fui convidado para o FLUxo, que é uma espécie de pré-abertura da festa (que acontece este ano em setembro). Era uma apresentação isolada minha nesse último domingo, num grande casarão histórico da cidade. Não sabia muito o que esperar, de público, da cidade. Foi uma grata surpresa. 


Este senhor já tinha lido o BIOFOBIA, tinha adorado o terror psicológico e agradeceu eu não ter recorrido a vampiros, zumbis... Levou PORNOFANTASMA para conhecer mais da minha obra... Oh-oh.


Minha mesa era só eu - uma responsabilidade - mediada pelo Tiago, com as costumeiras perguntas da plateia. O espaço não era muito grande, uma mesa redonda para a qual eu estava sempre dando as costas para alguém, mas estava bem cheio. Falei bastante não só da minha obra, mas desse percurso da literatura brasileira no começo dos 2000. Das novas possibilidades. Gostei especialmente do carinho da plateia, gente que veio de cidades próximas, todos muito interessados. Tem outro sabor falar com gente que foi lá para isso, e não estava apenas passando numa feira e resolveu sentar.


Gente, eu não sou baixinho, ele é alto mesmo. 


Tiago de Melo Andrade é um (ótimo) autor da minha idade, voltado ao público infantil, juvenil e escolar, que já ganhou um Jabuti e milita por uma causa literária mais ampla, como autor, como leitor, como morador de uma cidade pequena. Ele formatou todo o evento e conseguiu o apoio da Editora Melhoramentos, que cuida da festa. Para ele é importante que a festa não fique só no livro escolar, e ele me chamou um pouco por isso. Fiquei muito feliz em ver todo o suporte (de gente, de grana) que uma editora dá a uma iniciativa assim. É preciso deixar claro que não sou autor da Melhoramentos nem nunca fiz NADA para eles, nem uma tradução, nem um rodapé (bem, podemos corrigir isso). Para a minha apresentação, eles ainda mandaram a Carol Cruz (do marketing) que cuidou da minha estadia e ficou presente em todos os momentos. Senti mesmo como se ela fosse minha editora presente lá na cidade.


Com a Carol. 


Conversando com ela e com o Tiago também conheci um pouco mais desse mundo do livro juvenil, didático, escolar. Eu mesmo já lancei um livro juvenil, mas a Record não é uma editora voltada para esse segmento e não tem um trabalho específico nessa área. Foi interessante para mim ver como a coisa funciona - é um mundo todo a parte. Sempre se pode aprender. 

Muito bem recebido com comidas típicas. 


Uberaba ainda tinha a oferecer a Parada Gay! Que basicamente aconteceu durante minha mesa, então não pude conferir. Mas comi bem, fiquei num bom hotel; tudo lindo, e quem frequenta este blog sabe que quando tenho algo a reclamar, reclamo, até para que meus elogios tenham mais valor.

Saiba mais sobre a festa aqui: http://www.festaliterariadeuberabamg.com.br/

Dando as costas. 


Aproveitando, na sexta teve minha entrevista no Metrópolis, que ninguém viu porque estavam todos bêbados com o jogo do Brasil. Foi das entrevistas mais legais que fiz desse livro, com gente que realmente leu (e gostou). Tem outras por vir. Continuamos rastejando. Mas você pode ver aqui


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Oh! Repara que é outro chapéu. Isso é importante. 

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...