27/08/2014

DISCÍPULOS DA IGREJA DE SATÃ, UNI-VOS!


Poucos meses após o lançamento, BIOFOBIA segue sua carreira sem grandes explosões, mas crescendo aos poucos, pelas frestas, em fotossíntese.

Inacreditavelmente, talvez tenha sido meu livro mais resenhado (mesmo que eu não tenha nada a reclamar da divulgação de Mastigando Humanos e Feriado de Mim Mesmo, quando foram lançados). Se o espaço para livros diminuiu absurdamente na mídia impressa nos últimos dez anos, proliferaram-se os blogs e vlogs de resenhas literárias. Parece agora que todo leitor é um resenhista. E pode se encontrar gente de toda parte e de todas as idades comentando sobre os livros que leu. Claro, a grande maioria dessas resenhas não é profissional, muita coisa mal escrita, muita visão superficial, mas também muita coisa bonitinha, visões mais afetivas, mais sinceras.

Esse leitor mais jovem, blogueiro, tem ficado meio perdido com o livro, talvez esperando o "thriller eletrizante" que o release falsamente apregoa (eu não tive nada com isso - sempre considerei um thriller psicológico, lento e latente), porém ainda tem trazido impressões bem interessantes. Nenhuma resenha realmente negativa.

Mais lindo tem sido a recepção pelo meio literário, que tem falado do livro com entusiasmo e compreendido bem a proposta. Só tive mesmo uma resenha negativa de um certo desafeto que não merece ter nome citado, mas Daniel Galera, Manuel da Costa Pinto, Simone Campos, Raphael Montes, Rafael Gallo, Marcelino Freire, Andrea del Fuego, Ismael Caneppele, Ronaldo Bressane, Michel Laub, Xico Sá, além de músicos como Marina Lima e Leoni, todos têm recomendado lindamente o livro por aí.

As vendas seguem devagar - não esperava mesmo que fosse um livro de massa, e nem foi promovido pela editora como tal -, agora estou investindo nos desdobramentos, conversando sobre uma possibilidade de filme e adaptando eu mesmo para o teatro. Estou preferindo não rever o texto - não teria sentido, até porque o teatro tem outra linguagem. Apenas com a história na cabeça, reconstruo a trama - que afinal já foi escrita originalmente pensando nas possibilidades cênicas. O prólogo da peça será o epílogo, por exemplo; começará com a última cena do livro. Essa reinvenção é o que torna esse novo trabalho mais motivador e mais... novo, para mim. Adoro teatro. Assisto bastante. E há tempos que queria/tentava escrever uma peça. Acho que vai render.

A BIOFOBIA tour seguirá mais intensa neste segundo semestre. Nos próximos meses tem Fliparanapiacaba, Fliaraxá, Feira do Livro de Porto Alegre, Florianópolis, Extrema, entre outros, além de duas viagens internacionais em outubro. Tenho atualizado no "Agenda" aqui do blog tudo o que já posso divulgar. Tem sido um bom ano de eventos e viagens - muito pela minha cara de pau de bater em portas, pedir, sugerir, convencer. É uma batalha constante - infelizmente só o currículo, a carreira, oito livros, dezenas de traduções, centenas de outros trabalhos não falam por si só. É preciso pertencer, aparecer, se encaixar...

Meus leitores podiam fazer mais por mim, hein? Meus leitores poderiam chegar ao poder. Meus leitores podiam me elevar com eles, me levar até eles. Sugiram, indiquem, convençam, vendam. Assim chegaremos lá. Só assim poderei continuar...

Fiquem aqui com a versão DOIS do trailer de BIOFOBIA, que pouquíssima gente viu, com uma micro-entrevista comigo no final. Divulguem.

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...