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No alto do trio. |
Enfim, tive um carnaval de respeito.
Ano passado, lembro que fui almoçar com o Marcelino Freire, a gente saiu empanturrado do Planetas, eu imenso de gordo, e passou por nós um bloquinho repleto de jovens em plena forma. Nós nos olhamos e nos concluímos velhos. Achei que isso nunca mais seria para mim.
Eis que um ano depois, o projeto verão funcionou que é uma beleza.
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O shape atual.
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Foram-se trinta quilos (de 107 aos 77), e arrisco dizer que nunca tive o corpo tão em forma quanto agora. Já fui mais magro, claro, mas não tão sarado-definido. Continuo com dieta-academia, mas tenho perdido muito pouco nas últimas semanas. De toda forma, se der para manter assim já tá ótimo.
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Deu até para recuperar o clássico vestido com que escandalizei a sociedade porto-alegrense, em 2001. |
Apesar da boa forma, não tive nada de praia, nada de viagem neste verão. Não pude parar com as traduções, teve a revisão do meu livro novo, e nenhum convite de fato. Reveillon foi (novamente) deprimente, passei sozinho, em casa. Não me chamaram para nada. Não fiz nada.
Então resolvi ser feliz em 2020.
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(O escritor e editor) Alexandre Staut é meu vizinho, e um amigo querido que este ano me trouxe (aqui, com Rafaela). |
Nas últimas semanas aproveitei o verão de São Paulo, nos parques, nos bares, com amigos. Consegui me bronzear, conheci pelo bairro muitos meninos que só via nos aplicativos; e no pré-carnaval me chamaram até para cima de um trio com a Gretchen e a Rita Cadillac. Bem divertido.
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O DJ Rodrigo Borro é outro vizinho querido. |
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Com a Rita, no trio. |
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Gretchen cantou várias. |
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E com Mansur, outro vizinho das letras e o Lufe (do cinema) ao fundo. |
O sábado de carnaval agora podia já ter começado em desastre. Saí de casa, encontrei Veronica Stigger e Eduardo Sterzi, e chegando na Roosevelt uma menina se esfregou em mim. Ela saiu, enfiei a mão no bolso e CADÊ CELULAR? Eu me virei na mesma hora e a menina simplesmente DEVOLVEU. Não sei se ficou com medo, se ficou com pena de eu ser tão coió (é um iPhone 6S, pô, não é tão porcaria...). Mas foi a melhor coisa, que fiquei esperto o resto do carnaval.
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Com Staut e amigos. Segunda fui de chifrinhos e uma REGATA que passava por vestido (e cueca, só. Não me pergunte onde guardei o celular). |
Confesso que não comi ninguém, mas beijei bem. Foi um ritmo bem cansativo e não tive a pilha de trazer ninguém para casa. Em todos esses dias eu trabalhei, malhei, segui a dieta (ainda que tenha bebido), então fim do dia já tava morto.
(Basicamente ia dormir às 21h, daí acordava 5h da manhã, depois que passava o efeito do álcool e voltava o efeito dos energéticos. Daí ia trabalhar na revisão do meu livro até meio-dia; saía para malhar e à tarde seguia os bloquinhos. No fim das contas deu para emagrecer mais um pouquinho.)
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Terça o visual foi "pai-de-coelha", mas ela deixei em casa, claro. |
De balada de noite mesmo fui só na mais infame... na DANDO, no sábado, aquela festa que o povo tem considerado super revolucionária, que rola nudez e tudo mais. Não achei nada de novo - um monte de cara fortão, sem camisa, um som meio The Week. Eu esperava algo mais
alternativo. Mas também deu para encontrar amigos queridos.
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Leandro Cunha é dos caras que mais me ensinou sobre música - a gente teve uma banda no final dos 90 (ele cantava, eu tocava teclado, e ainda tinha baixo, bateria e guitarra). Ficamos bons anos brigados. Mas o carnaval serviu para fazermos as pazes. |
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Também encontrei o querido DJ Thy, que há anos mora em Paris. |
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Thiagx é um querido que eu só conhecia das redes. |
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Marcelo Maluf e Daniela são outros amigos queridos das letras. |
Se tiver pós-carnaval no fim de semana, seguirei nos bloquinhos. Melhor coisa para mim hoje é essas festinhas durante o dia, que sou tiozinho e durmo cedo. Mas tá dando para ser feliz na terceira idade... ;)
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Fim de festa, molhado de chuva, batucando na praça Roosevelt. |