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Recebendo o Prêmio, com minha agente, Lúcia Riff. |
Nesse fim de semana fui ao Rio receber o prêmio Cátedra Unesco, que seleciona os melhores livros infanto-juvenis do ano anterior. Eu recebi pelo meu "A Festa do Dragão Morto" (muito pelas ilustrações do Rogério Coelho, acredito), e fiquei feliz em ver tantos autores importantes, conhecidos e queridos da literatura infanto-juvenil por lá.
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Leila, minha editora na Melhoramentos, foi a verdadeira guerreira por trás do livro. Ela que matou o Dragão. |
É um mundo a parte. Literatura adulta e jovem não conversam tanto. Nos festivais literários, a literatura jovem é colocada como um lado B, um apêndice, e foi assim que conheci pessoalmente muitos desses autores - eu na programação adulta, eles na programação infanto-juvenil. Já nas Bienais e eventos voltados ao mercado, a literatura infanto-juvenil reina, e os autores de literatura é que são o "B-side excêntrico".
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Os queridos da Melhoramentos. |
Eu fiz amigo dos dois lados - e só não considero "tudo como o mesmo lado" porque acho que na verdade são milhares de lados, cada escritor num segmento, cada um fazendo a sua, tentando alcançar um ser específico. Os mercados é que são diferentes. Sinceramente, escrever UM livro infantil não se compara ao trabalho de escrever um romance (o primeiro você consegue fazer numa semana, o segundo você pode levar anos, DÉCADAS), mas também a carreira no infanto exige muito mais do que UM livro (ou meia dúzia de laudas), os autores têm de fazer esse trabalho de campo, em escola, têm um ritmo de publicação bem mais acelerado, tem a importância do lado gráfico; é outro tipo de trabalho.
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Penélope é uma amiga querida desse segmento, que me levou para o mau caminho. |
Na cerimônia, pude conhecer um pouco mais desse cenário, dessas figuras. E gostei de me sentir acolhido por tanta gente querida.
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Samir Machado de Machado também foi premiado.
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A premiação também serviu para eu passar um final de semana no Rio, com tudo o que eu tinha direito. Apesar do sucesso do meu "Projeto Verão", eu não havia tido nada de praia em 2020 (na verdade, não havia mais voltado à praia desde que fugi de Maresias em 2018) e peguei dias lindos, no meio das tempestades deste verão. Teve uns perrengues, quase não consegui pegar o vôo, mas no fim tudo deu certo. A Melhoramentos, como sempre, trata seus autores de forma excepcional.
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O almoço de recepção não poderia ter sido melhor. |
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Raphael Montes recebeu amigos em sua casa. |
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"Se isso é estar na pior..." |
Aproveitei também a passagem no Rio para gravar uma entrevista pro Canal Curta e conversar sobre meu próximo lançamento, meu "romance adulto" sobre o genocídio armênio, que lanço mês que vem pela Companhia das Letras. Quero fazer algo na Livraria Argumento, que é de parentes, também armênios. O fundador, Fernando Gasparian, era irmão da minha avó, minha mãe chegou a trabalhar na livraria (em São Paulo) e ele também foi editor da Paz e Terra, a editora que mais publicou obras sobre o tema no Brasil. Acho importante fazer algo por lá, estamos pensando - assim voltarei ao Rio no próximo mês.
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Na Argumento, com Laura Gasparian. |
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Lá encontrei também o querido Pedro Neschling. |
Já no infantil, tenho futuro. Estou fechando com a Melhoramentos o próximo (que já está com um BELO texto pronto, que eu adoro; ainda precisamos cuidar dar ilustrações). E essa será minha publicação do ano que vem. Depois disso, devo me aposentar, me declarar analfabeto e nunca mais escrever um bilhete em papel de pão.
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Pegando uma praia. |