09/09/2005

ESTAÇÃO... PLAYSTATION... OU MÁRIO SALVOU MINHA VIDA.

Hum, muito trabalho, felizmente, apesar da grana demorar a cair... Estou fazendo a tradução de um filme de psicanálise + terminando a tradução do JT LeRoy + fazendo alguns releases para uma ex-namorada minha + lendo um livro para resenhar. Fora que estou dedicando meu tempo livre ao Mário (do Bros). Maldita hora em que eu ressuscitei meu Super Nes. Hoje até me peguei entrando numa loja de games para olhar o preço de um Playstation. Haha. Bem, se eu tivesse um, não precisaria mais sair de casa, fazer sexo, nada. Imagine o que eu economizaria em camisinhas... de repente vale o investimento...

Não tenho entrado muito na Net, nem conseguido responder os emails. Tentei também modificar algumas coisas nos meus "comments", mas não deu certo. Então acabei tirando por um tempo. Eu recebia tudo na minha caixa postal, não conseguia responder, e tinha todos aqueles comentários anônimos tolinhos. Acho que quem quiser falar mesmo comigo pode escrever para o meu email, como já vinham fazendo, e os detratores terão ao menos o trabalho de criar uma conta falsa no hotmail ou bol. Eu terei apenas o trabalho de apertar o "delete" ou bloqueá-los automaticamente por filtro e ninguém ficará sabendo.

Aliás, dia desses, o famoso "Jean" veio aqui em casa. Me ligou pedindo desculpas. Disse que era um rapaz gordinho de óculos e aparelho de quem eu caçoava na escola, que nunca foi bom em esportes nem era popular e pretendia ascender como intelectual, por isso me atacava tanto como "anônimo" aqui no blog. Eu invadia um terreno que deveria ser dele.

Eu não me lembrava muito bem quem ele era, mas fiquei com pena e marquei um encontro.

Jean veio com um olhar tímido, trazendo uma pasta cheia de contos, pediu para eu dar uma olhada. Vi por alto, achei tudo bem previsível, mas disse a ele que só poderia avaliar melhor lendo com calma. De qualquer forma, foi uma ótima surpresa. Ele tinha outros talentos. Havia emagrecido. Trocara os óculos por lente de contato. Tinha um longo cabelo castanho claro e uns lábios vermelhos que suspiravam poesia, mesmo quando calados. Oh, sim, eu adorava quando ele ficava calado...

Então peguei na sua mão e perguntei: "é com esses dedos que você escreve aquelas coisas terríveis sobre mim?" Com os olhos cheios de lágrimas, ele se confessou frustrado, nunca havia sido um rapaz bonito ou integrado e se consolava pensando que, pelo menos nas letras, teria seu espaço. Eu disse para ele não se importar, que talvez ele não tivesse futuro com as letras, mas que com certeza seus tempos de intelectual fracassado haviam passado. "Eu vejo poesia no seu corpo, Jean."

E assim fizemos amor.... ou algo parecido. No dia seguinte, eu o recomendei para uma agência de modelos. Parece que, no mesmo dia, já conseguiu um contrato com o Armani e vai ganhar mais do que eu ganhei com TODOS os meus livros. Ah, eu devia pedir comissão...

Você vê o que a esteira não pode fazer por você?

Estão vindo aí também uma série de leituras, palestras e debates. A próxima é semana que vem, em Ribeirão Preto, depois dou mais detalhes. Estou tentando marcar algo com a minha mãe, Elisa Nazarian, que também escreve, mas tem um certo pudor em se apresentar publicamente. Ainda este ano a gente se apresenta juntos aqui em São Paulo...

NESTE SÁBADO!