28/09/2008

GALERINHA TREVOSA





Achei esses links no blog do Dennis Cooper: http://denniscooper-theweaklings.blogspot.com/





O blog dele é uma doença. E como ele é especialista em romances sadomasoquistas adolescentes junkies, fico me perguntando se isso é a idéia dele de Pornotube...




A mim me dá certos flashbacks trevosos… Fico pensando que eu deveria ter feito meus filmes particulares. Sabe aqueles rapazinhos que você conhece na noite, e quando traz pra casa fazem o morph sem precisar de Adobe Effects?





Aprendam crianças, é isso que as drogas provocam em vocês.







Eles têm concurso disso no Youtube.



Esse é o que dá mais medo:



Viu? É bem rapidinho.


(Antes que me perguntem, não tenho nenhuma das duas entrevistas no Jô para postar. Mas se você tiver e colocar no YouTube, agradeço.)

Aproveitando a bizarrice, fui ver o remake de Funny Games este final de semana. Bem bom. Na verdade, quase tão bom quanto o original – e a proposta era essa, afinal, é o mesmo diretor, os mesmos planos. Só os atores que estão um pouco aquém. Tim Roth é ótimo, mas já parece estar nas últimas desde o começo do filme. E Michael Pitti é insuportável, com o que isso tem de bom e de ruim para o filme.

A história é aquela: uma família feliz vai para sua casa de campo. Surgem dois rapazes pedindo ovos para o vizinho, e pouco a pouco começam a torturar a família de todas as formas.



Vendo o filme agora, é fácil entender a razão para Haneke refilmar a própria obra apenas dez anos depois. A repetição, a recorrência, a reincidência fazem parte da temática do filme. E ao terminar essa nova versão, aparecendo o título “Funny Games U.S”, pode-se até esperar novas filmagens: “Funny Games AUS”, “Funny Games FR”, Funny Games BR”...

O filme é um exercício de cinema. E uma interessante discussão do papel e dos limites da ficção, da cumplicidade do espectador. Inclusive, no final do filme, os personagens discutem textualmente sobre a ficção como um correspondente do real. A discussão não termina na tela, claro, até porque, ao meu ver, a ficção vem para COMPLEMENTAR o real, não reproduzi-lo. Mas o filme dá margem a essas reflexões, com uma metalinguagem ousada e deliciosa.

Para mim, é um filme indispensável. E uma refilmagem indispensável. Vá ver que já está saindo de cartaz.


(Viu? Tô conseguindo atualizar mais esta bagaça. Mas daí aparecem adolescentes possuídos, tiburones a dorê...)


NESTE SÁBADO!