02/09/2008

THE BOOK IS ON THE TABLE










“A importância da cidade, da violência e da internet nos novos romances, crônicas e contos é avaliada por Beatriz Resende em Contemporâneos (Casa da Palavra, 176 pp., R$ 32). No livro, a autora analisa a obra de escritores como Bernardo Carvalho, Daniel Galera, Cecília Giannetti, Ana Paula Maia, Santiago Nazarian, Joca Terron, Marçal Aquino, Marcelino Freire e até a de autores bissextos, caso do editor Luiz Schwarcz.” Bacana, mas ainda não tenho o livro aqui. A Casa da Palavra não vai me mandar? A Beatriz Resende não vai me mandar? Eu quero. Tenho certo medo. Se bem que ela sempre me deu força. Inclusive foi uma das juradas do prêmio que me revelou, o Fundação Conrado Wessel. Eu quero.




Falando em premiação, ainda dá pra você participar do Prêmio Sesc de Literatura. É um prêmio bem bacana, que começou há pouco tempo, mas tem revelado ótimos autores, que estão repercutindo no meio literário (como o Maurício de Almeida, ao lado) e são publicados com a edição caprichada da Record. Só podem participar autores inéditos (não-publicados) e não é um edital de incentivo, é um prêmio de publicação, então você precisa ter o livro pronto. As inscrições foram prorrogadas até 15 de setembro, mas se você nem começou seu livro, esquece (aliás, se não terminou ainda, vai ter de se puxar). Você pode ver o regulamento aqui: http://www.sesc.com.br/main.asp Depois não diga que eu não avisei. Depois não venha me perguntar como faz para publicar seu primeiro livro. Se você confia no seu taco, mande.

(E falando em Sesc, também estou com um projeto bem bacana no Pinheiros. Depois te conto.)









Continuando com as edições caprichadas da Record, chegou esta semana aqui o “Siri”, romance juvenil da Rachel Cohn, que eu traduzi. É um juvenil JUVENIL, ou para “jovens adultos”, não para jovens retardados e crianças crescidas. A protagonista é uma menina despirocada, com fogo na periquita, que tem um irmão gay, um pai canalha e um namorado surfistinha. Aliás, o título original é “Shrimp”, que eu sei que significa “camarão”, mas como é o nome do namorado dela – e o cara é todo gatinho de praia – não achei que ficava bem chamá-lo de “camarão”. Siri é mais gostoso pra tirar uma casquinha, fala? E aproveitando o apetite appeal, “Siri” é uma continuação de “Pão-de-Mel”, que eu também traduzi e também já saiu pela Record (Ok, o nome original desse era “Gingerbread”, mas como não há tradução para gingerbread aqui no Brasil, achei que pão-de mel cabia melhor, vai?).



Falando em juvenis, tenho lido coisas bem legais, inclusive traduzindo um pra Ática. (Eu mesmo estou começando um projeto de um juvenil vamos ver...) Também tenho lido uma porção de livros – juvenis ou não – como leitura crítica para três editoras. Então está ficando difícil a leitura “de lazer”. Mas descobri algumas coisas bem bacanas recentemente:








“Reviravolta”, romance de Gustavo Bernardo (que eu não conheço, nem nunca tinha ouvido falar). É uma coisa estranhíssima sobre dois irmãos com o mesmo nome, que nascem e crescem numa única noite. Lindo, lírico, poético e bisonho. Foi lançado ano passado pela Rocco, e é um absurdo que não esteja na lista do Jabuti, Portugal Telecom ou whatever deste ano.



(Falando em Jabutis e juvenis, a querida Índigo está concorrendo com seu "Maldição da Moleira. Beleza. Aliás estão se ampliando os prêmios literários, alguns com prestígio, outros com dinheiro. Eu que há dois anos nada publico, nada ganho, fico pensando em formas sórdidas de ficar rico.)

Mas continuando com o que tenho lido:







“Campo de Estrelas” do Thales Guaracy (que eu também não conhecia). É bem bonito e gostoso de ler. Mistura de road-book na “América Latina profunda” e romance existencialista. Publicado pela Globo.












E tem a Antologia “M(ai)S” (Ai! Como odeio esses títulos impronunciáveis!) de literatura sadomasoquista, organizada pelo Antônio Vicente Pietroforte e o Glauco Mattoso. É bem bacana. Tem coisas levinhas e divertidas, tem coisas pesadas e escabrosas, mas todas com critério literário. Vai de autores canônicos como Machado de Assis e João do Rio (que é um dos meus favoritos) a gente contemporânea (Ivana, Trevisan, Marcelino) e autores inéditos (como o pitéu Gustavo Vinagre).


Falando em antologias fiquei sabendo que saiu em Portugal uma antologia de micro-contos em que eu participo. Teve até um lançamento aqui em SP, mas eu não fui porque tenho vergonha de assumir que escrevi um micro-conto. Mas quero o livro. Ninguém vai me mandar?

Quanto à pergunta que não quer calar...











E o meu livro novo? E o meu livro novo? Você me pergunta. Eu me pergunto. O mundo pergunta e Lula fala sobre isso no discurso, e Obama promete me ajudar, e a terra se abre e o furacão ruge e o tempo urge e ainda não sei de nada. A editora não me diz. Mas digo que é capaz de sair antes em Portugal. Então quando tiver uma ediçãozinha em português aqui nas minhas mãos - brasileira ou lusitana - aviso a todos, sorteio aqui no blog, nas comunidades do Orkut, derrubo a lei do Kassab para anunciar em outdoor.


E quer saber como vale a pena protestar? Quer ver como adianta reclamar? Posso mostrar como é melhor não ficar quieto?








Olha aí, meu Ray-Ban novo, chegou! Depois que reclamei aqui (e vários outros escritores reclamaram por email), eles mandaram. Acha que ficou bem em mim? Acho que sim. Mas confesso que não consigo usar óculos – nem claros nem escuros – me incomoda, obstrui os meus olhos de raposa. Oh!









Agora sim!





(Putz, a formatação deste post está uma zona...)

NESTE SÁBADO!