06/06/2020

PRIMEIROS CAPÍTULOS



Se tem orelha vai ter livro físico... acredito. 


Toda criança merece o Inferno. É nisso em que toda criança
acredita. O xixi na cama, o furto de uma guloseima, uma desobediência
escondida, tantos pensamentos impuros. Cada passo é um
pecado para quem está aprendendo o caminhar da vida. E para
quem segue as regras divinas, o Inferno está em cada esquina.

Então ali estava o Inferno. Como eu sabia que viria. Minha
aldeia queimando. Eu descendo a montanha, como o rio, um
rio de lava vermelha, acompanhando a mim, meu irmão e nossos
vizinhos a cada passo. Não deixava de ser bonito, confesso
que era a primeira impressão que me ocorria, aquela visão de
encher os olhos. Claro que havia também medo e ansiedade,
mas esses já estavam em fermentação havia tantos dias que, naquele
momento derradeiro, não chegavam a ebulir em desespero.

A colina que eu descera tantas vezes na vida, uma vida que
nem era tanta assim, a paisagem que era tudo o que eu conhecia,
sempre em cores pastel, agora ganhava um vermelho-vivo,
vermelho-morto, bruxuleante, que nunca seria possível de outra
forma, espetáculo que nunca seria possível sem meus pecados.

Meu irmão mais velho me puxava pela mão e eu apressava o
passo, tentando olhar para trás, tentando não olhar para trás, tentando
acertar o passo, o sapato escapando de meus pés como se
quisesse ficar, o sapato não podendo mais, preferindo queimar.

Eu não preferia, mesmo que fosse uma bela vista, mas não tinha
certeza de que havia escolha — afinal, essa é outra verdade da
infância: na infância não se tem escolha. Talvez eu mesmo já
estivesse queimando, as costas ardendo. O Inferno provavelmente
era isso. Eu virava a cabeça para trás e pensava: o Inferno é tão
bonito…

“Estou cansado”, “quero fazer xixi”, “meus pés estão doendo”,
seriam comentários que eu faria em qualquer outro dia, naquele
mesmo cenário. Mas naquele contexto eu me esforçava
para manter tudo sob controle dentro de mim, aproveitando
apenas a beleza do momento.

As chamas dançando, sublinhando o contorno das casas. A
fumaça tomando o ar, cobrindo as estrelas — não adiantava levar
os olhos aos céus, estava tudo apagado. Eu tinha de agradecer
pela beleza diante dos meus olhos, uma beleza dessas só se
pode ver uma vez na vida. Tamanha beleza só se pode ver antes
de morrer. É a terra de luz que Bedig avistou ao chegar ao cume
do Demirkazik, o que eu via naquele momento descendo a
montanha. Ninguém deveria ver tão cedo — porque depois disso,
o quê? Quando se tem oito anos, tudo é novidade. Quando se
tem oito anos, cada novidade é novidade. Quando se tem oito
anos, nem tudo é novidade, e o que é novo já toma um caráter
de espetacular, ainda toma um caráter de espetacular, não é
mais tão espetacular assim. O que importa é que as novidades de
oito anos — como as de sete, como as de nove — estabelecem a
força que deverão ter as novidades pelo resto da vida. E eu torcia
para que nada pudesse competir com aquilo. Nada poderia competir
com aquilo — embora eu não soubesse. No começo da
minha história, aos oito anos, eu já contemplava a visão mais
espetacular e terrível que se poderia ter na vida.

Meu irmão parou, virou‑se para mim, acocorou‑se e sorriu.

“Está com fome?” Tirou um damasco murcho do bolso e mostrou‑o
bem diante do meu nariz. Tive de envesgar para identificar
a fruta. Sabia que deveria recusar, e era fácil. Não estava
com (muita) fome. “Está cansado?”, meu irmão perguntou, ficando
de pé, pronto para me colocar nas costas. Me incomodava
ver todos os outros seguindo em fila, e nós ali parados, discutindo
questões como cansaço e damasco. Aos oito anos, eu já
sabia que isso não era adequado, e aos oito anos eu sabia que
meu irmão adolescente podia ter menos noção do que era adequado
do que eu mesmo. Ainda assim, pensava se deveria aproveitar
a brecha para verbalizar o que de fato mais me incomodava.

“Quero fazer xixi”, disse sem saber se deveria. Meu irmão
suspirou e olhou ao redor:

“Tudo bem, faça aqui, mas seja rápido.”

Ele me conduziu para o canto da trilha e ficou de tocaia
pelos soldados, enquanto nossos vizinhos passavam olhando para
nós como se dissessem: Vocês são loucos? Não é hora para isso!
Mal consegui. E, com a calça respingada, os dedos molhados,
voltei a dar a mão para meu irmão antes de me aliviar completamente,
nunca poderia me aliviar completamente. Mas já
conseguia ver minha aldeia queimar com um pouco menos de
ansiedade.

Seguindo pela planície, o calor do incêndio dava lugar ao
frio da noite. As cores não eram mais tão espetaculares, embora
o rio Perri continuasse a correr vermelho ao nosso lado. Era surpreendente
que aquele rio em que tanto eu nadara, sempre
constante e imutável, pudesse ganhar novas cores e continuasse
a refletir o fogo, como o eco visual de um incêndio que ficara
para trás. Então comecei a suspeitar que poderia ser outra coisa.

Percebendo meu olhar atento nas águas, meu irmão apressou
o passo, puxando minha mão.

Com o canto do olho, continuei observando o rio, que pouco
a pouco foi voltando a correr transparente. E foi quando novamente
se tornou cristalino que pude ver os corpos adormecidos
em seu leito.

II

“Só um minuto que dona Beatriz já vai receber você.”

Cláudio agradeceu e se sentou no sofá de veludo creme na
sala de visitas da casa da avenida Europa. Na mesa de centro, via
uma cobra de madeira envernizada, um lobo de porcelana, um
carneiro de ferro fundido.

Estava praticamente na sua rua, considerando que era apenas
uma reta, uma hora de caminhada do centro de São Paulo
ao Jardim Europa. Saía da praça Roosevelt, subia pelo baixo augusta,
descia a Alta Augusta, atravessava a avenida Brasil, rua
Colômbia, Groenlândia, o Museu da Imagem e do Som, que
sempre tinha exposições que ele adoraria ver; passava por concessionárias
Audi, Hyundai, Jaguar, Mercedes-Benz, perguntando‑se
quando apareceria um imóvel residencial; então chegava à
última casa sobrevivente da avenida, grande e térrea.

Uma empregada parda, de uniforme bege, o recebeu no
portão baixo da rua, então passaram por um grande portão para
uma antessala com um enorme espelho manchado, em que
Cláudio conferiu como estava suado da caminhada.

“Aceita uma água, um café?”, ofereceu a mulher.

“Não, obrigado. O banheiro?”

Cláudio foi conduzido a um lavabo, onde enxaguou o rosto,
trocou a camiseta branca suada por outra camiseta branca da
mochila, então seguiram até a sala de visitas. Sabia que esse tratamento,
como visita, não duraria. Era sempre nebuloso, as empregadas
nunca entendiam qual era o lugar dele, de início — se
deveria ser tratado como visita dos donos da casa ou como um
empregado, como elas. Aquela lá, inclusive, o lembrava muito
da avó paterna, que ele pouco conhecia, e que poderia estar ali,
ocupando aquele posto, oferecendo‑lhe café, conduzindo‑o até
o sofá.

Cláudio olhava os três enfeites da mesa de centro depois de
constatar pelo celular que não havia wi-fi. A rede mais próxima
era de uma concessionária, bloqueada. Suspirou. Parecia que
quanto mais dinheiro tinha o idoso, menor a probabilidade de
ter rede. Isso porque os idosos mais pobres tinham agregados,
eram agregados, moravam com parentes mais novos, que não
viveriam desconectados, ainda mais na companhia de um idoso.
Os idosos ricos podiam pagar pela solidão e pelo isolamento. E
ele sabia que estava lá por isso.

Notou uma manivela no carneiro de ferro. Girou. Uma caixinha
de música? Notou que o rabo funcionava como uma alavanca.
Pressionou. O carneiro irrompeu numa campainha estridente.
Cláudio tentou abafar a campainha. Girou a manivela. Apertou
o focinho. Sufocou o carneiro de ferro entre as pernas. Mas
a campainha continuava a soar.

“É para chamar os empregados”, explicou uma senhora sorridente,
de tailleur, entrando rapidamente na sala.

“Desculpe, achei que fosse uma caixinha de música”, Cláudio
saltou de pé, envergonhado, colocando o carneiro de volta
na mesa de centro. A senhora pressionou novamente o rabo, e a
peça ficou em silêncio. Estendeu a mão.

“Sou Beatriz, eu que te liguei. Sente‑se.”

“Prazer, Cláudio.”

Os dois sentaram‑se nos sofás frente a frente e Cláudio examinou
aquela mulher que aparentava estar na casa dos setenta,
talvez até oitenta anos, mas que parecia muito disposta, lúcida e
enxuta. E apesar do sorriso e da simpatia, ou talvez por causa do
sorriso e da simpatia, ele sentia que ela era do tipo que lhe causaria
problemas. Ele tinha experiência.

Quando começou a trabalhar com idosos, ainda na adolescência,
Cláudio teve a pior amostra possível da velhice: trapos
humanos, gente remendada, dilapidada, esvaída. Gente que precisava
ser carregada, arrastada, esfregada. Era isso que a Fundação
considerava digno do trabalho dos jovens. Nunca ele encontraria
uma senhora caminhante, sorridente, elegante, de posse
de todas as faculdades mentais. Quando passou a trabalhar para
particulares, para quem podia pagar, conheceu idosos queixosos
com todo tipo de caprichos. Um de seus últimos pacientes só
precisava de sua ajuda para abrir os frascos de remédio.

Cláudio sabia que dona Beatriz era sua contratante, não sua
paciente. “Precisamos que faça companhia para um senhor bem
idoso, com temperamento difícil, se isso não é um pleonasmo”,
ela lhe disse ao telefone. Por reflexo Cláudio já arrumou a postura,
como para direcionar a voz, pois o vocabulário indicava que
era um cliente com dinheiro… Agora ele se perguntava se Beatriz
era a esposa, a governanta — ainda existia esse posto na prática?
Poderia ser filha? Com um pai que teria de já estar nos…
noventa? Deveria ser esposa. Uma esposa incapaz de cuidar do
marido… ainda que bem-disposta e sorridente.

“Meu tio‑avô, Domingos Arakian”, ela se antecipou em esclarecer.
“Já passou dos noventa. É um homem ativo, lúcido,
razoavelmente saudável para a idade. E tudo isso é parte do problema.
É um homem entediado, perdeu a esposa há muitos
anos, não tem filhos. Fez fortuna no ramo de tecelagem, mas há
muito que os lanifícios foram fechados — a gente pode culpar o
aquecimento global ou simplesmente a informalidade crescente
do brasileiro, que não é mais capaz de suportar o calor para manter
a elegância. De todo modo, ele fechou a tempo e fez bons
investimentos, acabou com mais dinheiro do que pode gastar.
Assim, ele não tem obrigações, e a rotina é um ritual que ele
mesmo criou, como você deve bem entender.”

Cláudio assentiu. Conhecia bem o quadro. A velhice se estendendo
indefinidamente, sem função, para idosos que podiam
pagar por isso.

“Temos duas empregadas fixas nesta casa: a Clarice e a Hilda.
Estão aqui há quase tanto tempo quanto os móveis; não temos
como nos livrar delas, e seria impossível arrumar outras que
aceitem trabalhar nas mesmas condições, ainda mais depois dessa
pec… Elas moram aqui, nos quartinhos dos fundos, cada uma
folga um dia por semana, mas não dão conta. A casa é grande
demais, há muito o que fazer, pelo que elas dizem, e não podemos
confiar que cuidem para que ele tome os remédios no horário,
não podemos exigir que literalmente carreguem o tio nas
costas — são mulheres de uma certa idade, como você deve ter
visto. Não temos quem acuda caso ele caia no banheiro, coisa
que ainda não aconteceu, mas não vamos esperar que aconteça.”

Beatriz levantou o carneiro‑campainha. “A casa está cheia de
coisas como essas, desde os anos 60, campainhas, sinos, mas não
há um interfone ou panic button. Tentei instalar uma babá eletrônica,
que o tio sempre manteve desligada. Essas campainhas
podem parecer estridentes de perto, mas imagine vencer as paredes
desta casa, a tv ligada, os chiados da panela de pressão…”

Cláudio apenas ouvia, assentia e abria meio sorriso, tomando
o cuidado para que suas demonstrações de simpatia não fossem
confundidas com galhofa.

“Eu não posso vir sempre aqui”, continuou Beatriz. “Tenho
minha família, minha rotina, problemas suficientes para resolver
com filhos, netos e meus próprios empregados… Mesmo que
quisesse cuidar do tio Domingos, eu não poderia.”

Cláudio também estava habituado com essa parte do discurso
dos contratantes, claro…

“Ele já teve outros cuidadores. Bem… eram mais acompanhantes
do que cuidadores, algumas vezes por semana ou para
saídas específicas. Precisamos de alguém para ficar com o tio o
maior tempo possível. A madrugada talvez seja o mais importante,
porque as empregadas estão dormindo, mas também precisamos
de alguém para acompanhá‑lo durante o dia, fazer caminhadas
pelo bairro, de repente um museu, lembrar de tomar os
remédios… Enfim, o trabalho que você já deve estar acostumado
a fazer.”

“Entendo…” Cláudio respondeu. Uma das coisas mais
úteis que aprendera nesse trabalho fora ouvir, como ouvir, que o
sucesso de uma entrevista de emprego não dependia do que ele
tinha a dizer, e sim da forma como ouvia, deixava claro que estava
escutando, que prestava atenção — suas credenciais podiam
se limitar ao currículo. E ele tinha um currículo.

Beatriz então pegou um caderno e folheou para verificar.
“A moça da agência falou que você tem uma boa experiência….”,
comentou ela enquanto olhava anotações. O silêncio
depunha a favor de Cláudio. Ainda assim, mesmo sem dizer nada,
certa imaturidade berrava de uma forma que ele não podia
controlar: seu rosto infantil, ele aparentava menos, mal tinha
barba para tentar camuflar, e se tivesse também seria uma escolha
difícil entre parecer novo ou desleixado.

Cláudio buscou na mochila e tirou uma cópia amassada de
seu currículo. Perguntava‑se se o fato de usar mochila em si já o
infantilizava. Ele era homem, homens não usam bolsa, e vinha
de uma hora de caminhada, a mochila era a opção mais prática.
Notou os olhos de Beatriz procurando lá no alto da página, sua
idade: vinte e dois anos, então o tempo de experiência. “Você
começou cedo…”

“Sim, num projeto de uma ong”, explicou, sendo deliberadamente
vago para que ela não quisesse entrar em detalhes sobre
o que era esse projeto de fato. “Eles encaminhavam os adolescentes
voluntários para cuidar de idosos de comunidades
carentes.” O termo “voluntários” não era o mais preciso, “infratores”
seria mais exato, mas era isso.

“Muito interessante. Como é o nome do projeto?”

“Projeto Renascer”, Cláudio respondeu engolindo em seco,
temendo que ela buscasse mais informações on-line.

“Não conhecia”, respondeu Beatriz. “Sei que você também
tem experiência com idosos de famílias mais abastadas…”
Cláudio limitou‑se a assentir.

“Pode parecer besteira, e realmente é, mas faz diferença, entende?
As necessidades são outras, as manias, gente que está há
muitas décadas acostumada a ter todas as vontades atendidas…”

Cláudio assentiu novamente, então achou por bem enfatizar.
“Estou acostumado, tenha certeza.”

“É um equilíbrio delicado”, continuou ela, “atender às necessidades
do idoso sem se deixar levar totalmente por suas manias.
Saber ser firme quando é preciso que se tome um remédio,
que se livre de uma teimosia, mas também ter o respeito necessário
com quem nunca se acostumou a receber ordens…”

“Tenho experiência nisso, sim.”

Beatriz sorriu para ele, um sorriso que mais parecia avaliá‑
‑lo do que aprová‑lo. Ela o examinava. “Sua família….” ela enfim
disse, “veio de onde?”

Cláudio meneou, sem entender o propósito da pergunta.

“Daqui. São todos daqui… de São Paulo. Cresci no Bom Retiro.”

“Ah, meu avô, irmão do Domingos, teve um comércio ali,
na Dutra Rodrigues, sabe?”

“Sim, eu cresci lá do lado, na João Kopke…”

“Há anos que não passo por aqueles lados. Bem, agora está
impossível, virou tudo cracolândia… Você ainda mora por lá?”

“Não, moro aqui perto, no final da Augusta.” Ele sabia que
“perto” era um termo relativo, uma hora de caminhada, mas não
deixava de ser o final da Augusta, tecnicamente no final da rua;
para São Paulo era bem perto. Qualquer emergência, ele poderia
vir correndo. Se bem que, se parecesse que ele morava bem
demais, pareceria que ele não precisava e não se dedicaria ao
emprego…

“Na Roosevelt?”, ela acertava na mosca.

“Isso…”

“Ah, aquilo lá deu uma bela revitalizada, não é? Com os
teatros, a praça… Tenho um sobrinho que faz teatro por lá.
Aquelas peças de gente pelada”, ela riu.

Quando seus olhos se voltaram de novo para Cláudio, ele
soube exatamente o que se passava na mente da mulher: ela estava
constatando sua homossexualidade. Mas até aí, a praça Roosevelt
não o denunciava mais do que sua própria função. Cuidador
de idosos rivalizava com cabeleireiro e comissário de bordo
entre as profissões mais gays possíveis.

“É um lugar tranquilo para morar…”, ele se limitou a dizer,
não exatamente sincero.

“E é uma reta só mesmo. Fácil para você vir. Isso é bom.”
Os dois sorriram um para o outro, mantendo‑se em silêncio
por alguns instantes.

“Bem… você parece mesmo perfeito. É difícil arrumar um
cuidador homem, jovem, e eu sinceramente não queria colocar
outra mulher aqui na casa para cuidar do meu tio. Você entende?”

“Sim”, Cláudio avaliou que era o momento final para dar
uma cartada eloquente, “geralmente os clientes preferem cuidadores
do mesmo sexo do paciente, até pelas questões íntimas, o
banho, trocar fralda…”

“Acho que com isso você não terá de se preocupar, por enquanto.”
Ela sorriu, ainda o avaliando, parecendo avaliá‑lo positivamente.

“Bem, então vamos conhecê‑lo. Ele ainda é o homem
da casa, e é quem precisa aprovar você.”

*

Esses são os dois primeiros capítulos do meu novo romance, Fé no Inferno, que já está disponível em Ebook, pela Companhia das Letras. A edição física ainda não tem data - com as livrarias fechadas e a editora operando remotamente. No site da Amazon dá para ler esse início e mais uns dois capítulos (e comprar o ebook):

https://www.amazon.com.br/F%C3%A9-no-Inferno-Santiago-Nazarian-ebook/dp/B085VQZH59/ref=tmm_kin_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr=

E terça agora falo sobre o livro ao vivo no Insta da Companhia:

Foto do Renato Parada, que valorizou a meia dúzia de pelos que tenho no peito. 


NESTE SÁBADO!