Agora que o ano já está no fim (...) já posso entrar com minha lista de “melhores de 2007”.
Este ano está repleto de lançamentos interessantes e retornos triunfais, como do Rufus, Sinéad O’Connor e Björk.
Já tenho os álbuns desses três, e do Rufus já falei exaustivamente aqui. Então vamos aos outros:
Este ano está repleto de lançamentos interessantes e retornos triunfais, como do Rufus, Sinéad O’Connor e Björk.
Já tenho os álbuns desses três, e do Rufus já falei exaustivamente aqui. Então vamos aos outros:
Não se assustem com meu cisne. Ainda voltarei fantasiada de maçã.
Björk – Volta. O cd de retorno de Björk à música “eletrônica” - se é que se pode dizer isso– depois das experimentações dela e da loucura do álbum “só de vocais” que ela lançou em 2004, "Medulla". O problema é esse, depois de ter lançado coisas assim, voltar ao que ela fazia parece preguiça. Além disso o álbum é um pouco seco, parece faltar um molhinho, um cuidado maior com as melodias. Tem faixas bonitinhas, umas batidas macumba empolgantes, mas nada incrível. Mesmo a participação do Anthony, na faixa "Dull Flame of Desire" é previsível (TODO mundo já trabalhou com ele).
Björk – Volta. O cd de retorno de Björk à música “eletrônica” - se é que se pode dizer isso– depois das experimentações dela e da loucura do álbum “só de vocais” que ela lançou em 2004, "Medulla". O problema é esse, depois de ter lançado coisas assim, voltar ao que ela fazia parece preguiça. Além disso o álbum é um pouco seco, parece faltar um molhinho, um cuidado maior com as melodias. Tem faixas bonitinhas, umas batidas macumba empolgantes, mas nada incrível. Mesmo a participação do Anthony, na faixa "Dull Flame of Desire" é previsível (TODO mundo já trabalhou com ele).
Pena, porque eu estava numa fase tão Björk... Ela praticamente me perseguiu pela viagem. Comprei o DVD dela. Ligava o rádio tava tocando o álbum novo, ligava a TV e passava "Dancer in the Dark". Bom, fica pra próxima...
Sinéad O’Connor – Theology. Primeiro álbum de composições próprias dela em sete anos. Ela andava meio lesada, lançando álbuns de reggae, de música irlandesa, tudo meia-boca. E agora, apesar de lançar um álbum de temática religiosa – cada música é baseada num salmo – prometia detonar. O primeiro single “If You Had a Vineyard”, lançado no final do ano passado, é das melhores coisas que ela lançou na vida (cheguei a tocar no meu programa de rádio), e eu tinha grandes expectativas em relação a esse álbum. Decepcionou, não muito, mas decepcionou. Há faixas bonitas como “33” e “I Dont Know How to Love Him”, mas nada no nível de “Vineyard”. Além do mais, é um álbum duplo, com as canções em versões acústicas num cd e arranjos mais elaborados no outro, sendo as versões acústicas dispensáveis. A voz de Sinéad também não está na melhor forma, mas ao menos ela mostra novas formas de cantar, aproveitando sua falta de fôlego como um charme.
"Patrick, seu fotolog é fodástico. Posso linkar ao meu?"
Patrick Wolf – Magic Position. Escutei bastante durante a viagem. Ele é bonitinho. As músicas são bonitinhas. Mas realmente é mais pretensioso do que sofisticado. Ele não é grande compositor, então capricha nos arranjos, mete uns violinos e está tudo certo. Há alguns momentos bem camp como em “Augustine”. Ainda assim, eu gosto. É ruim, mas eu gosto.
Estou velho, cansado, não tenho mais ânimo para produzir fotos. Mas ainda sou gatão, vai?
Tem também o álbum solo do Brett Anderson, que eu escuto exaustivamente desde fevereiro. Na verdade não é grande coisa também, é que eu sou fã. Se comparar com artistas como Sinéad ou Rufus, Brett empalidece. Além do mais, tem aquele ranço de “disco adulto”, colocando na prateleira junto a gente como Sting, Phil Collins e (infelizmente) Annie Lennox.
Fora esses lançados este ano, comprei recentemente coisas um pouco mais antigas: “Martha Wainwright", o disco solo da irmã do Rufus. Ela é boa. Tem músicas lindas. Mas não me apetece muito. Continua sendo irmã do Rufus. “Meat Loaf – Bat Out of Hell III”. Haha. Ok, não dá para levar a sério. Mas eu escutei tanto os “Bat Out of Hell I e II”, na adolescência, que não pude deixar de levar quando vi esse terceiro exposto. É a mesma merda, ópera-rock-metal-melócido. É divertido. Mas não tenho mais idade pra isso.
E tem o EP ao vivo do Royksopp, lançado ano passado. Esse sim, do caralho, como TUDO o que o Royksopp faz. Eletrônica escandinava de ponta. Eu até iria ao Skoll Beats se eles viessem...
Hum, isso era pra ser uma lista de melhores do ano. Agora que vi que meti o pau em tudo... Será que vou ter de falar de novo do Rufus?
Bom, tem várias outras coisas moderninhas e modernosas sendo lançadas, coloco aqui mais pra frente, talvez numa lista real de "melhores de 2007". Posso dar uma dica e dizer que já escutei o novo (ainda não lançado) cd dos queridos amigos do Ludov - Disco Paralelo, eu assino o release deles. Está bem diferente, melancólico e bonito. Deve sair nos próximos quinze dias.
Conclusões:
Melhor Álbum de 2007 (ok, ok, até agora): “Release the Stars” – Rufus Wainwright.
Melhor música de 2007: “If You had a Vineyard” – Sinéad O’Connor.
Vai aí a letra (genial, apesar de “cristã”):
Conclusões:
Melhor Álbum de 2007 (ok, ok, até agora): “Release the Stars” – Rufus Wainwright.
Melhor música de 2007: “If You had a Vineyard” – Sinéad O’Connor.
Vai aí a letra (genial, apesar de “cristã”):
If You Had A Vineyard.
If U had a vineyard
On a fruitful hill
And U fenced it and cleared it
Of all stones until
U planted it
With the choicest of vine
And U even built a tower
And a press to make wine
And U looked that it would bring forth sweet grapes
And it gave only wild grapes
What would U say?
Jerusalem and Judah
U be the judges I pray
Between me and my vineyard
This is what God says
What more could I have done in it
That I did not do in it?
Why when I ask it for sweetness
It brings only bitterness
For the vineyard of the Lord of Hosts
Is the house of Israel
And the men of Judah
His pleasant plant
And he looks for justice but beholds oppression
And he hopes for equality but hears a cry
Jerusalem and Judah
This is God's reply
Sadness will come to those who build house to house
And lay field to field 'til there's room
For none but U to dwell in the land
Oh in the land
And sadness will come to those who call evil good
And good evil
Who present darkness as light and light as darkness
Who present as sweetness only the things which are bitterness
For the vineyard of The Lord of Hosts
Is the house of Israel
And the men of Judah his pleasant plant
Oh that my eyes were a fountain of tears
That I might weep for my poor people
For every boot stamped with fierceness
For every cloak rolled in blood
Jerusalem and JudahI'd cry if I could
PS - Ah! Devo dizer também que COMPREI o último álbum da Madonna – “Confessions on a Dance Floor”(sim, só agora, acha que eu estava ansioso?). Tinha algumas músicas ecoando no meu ouvido, achei o disco baratinho e resolvi conferir. E digo porque é ruim: tem músicas ótimas, graças aos produtores. Fizeram ótimas batidas eletrônicas, chupando uma coisa setenta, uma coisa Kylie Minogue. Mas quem estraga tudo? Madonna. O álbum não pode seguir seu curso natural, se assumir como um álbum de música eletrônica, porque a voz (voz?) dela TEM de estar em primeiro plano, numa mixagem que não faz o menor sentido para o tipo de música que se destina. Além do mais, que letras são aquelas? “I don’t wanna hear, I don’t wanna know, so please don’t say you’re sorry, I heard it all before and I cant take it anymore.” Eu é que já ouvi tudo isso e não posso mais. Existe letra mais óbvia que essa? Ela nunca cantou isso antes? Me surpreende que não tenham aparecido hordas de compositores de terceira linha processando-a, dizendo que eles já haviam escrito letras idênticas.
Mas se você é, tipo, um gay de 14 anos, eu posso entender porque é fã de Madonna.