20/03/2005

DIGERINDO DANNY THOMAS

Acabei mais um trabalhinho para a Planeta. Na verdade, o complemento de uma tradução que eu já tinha feito, do livro "When I Was Cool" (que em portuguës será "Quando Eu era o Tal").

Já falei do livro aqui, são memórias de um ex-aluno do (poeta beat) Allen Ginsberg. No livro, ele adora colocar referências obscuras a poemas, filmes e personagens norte-americanos. Enfatizei à Planeta a necessidade de um trabalho complementar à tradução, com notas de rodapé. E é isso o que eu estava fazendo.

Para vocês terem uma idéia de como é, há um trecho em que ele cita uma "Stage Deli", em Nova Iorque. Conta que foi lá com um amigo e que "I had Danny Thomas".

Por mais que se entenda inglês e que se traduza, continua não fazendo sentido. "Eu tive Danny Thomas", "Eu estava com Danny Thomas" ou "Eu pedi Danny Thomas"? Pesquisar quem foi Danny Thomas, um comediante americano, ajudou um pouco. Mas eu só entendi o que ele queria dizer depois que consultei o cardápio da própria Deli. Daí você entende que todos os pratos de lá têm nomes de atores. Então ele quis dizer que pediu um prato chamado Danny Thomas (mas não me pergunte que prato é, ele não está mais disponível). É esse tipo de coisa que entrará como nota de rodapé.

Gosto de trabalhos assim, você acaba ampliando seu repertório. Estou numa fase boa de trabalhos, que espero que dure por mais um tempinho. Além desse, estou fazendo um freela para a Abril e um texto de encomenda pra Folha, crítica de um livro que eles me mandaram (quando sair, digo qual é o livro. É de um autor brasileiro contemporâneo).

O meu próprio livro começa a ser distribuído para os jornalistas esta semana. A assessora de imprensa da Planeta me mandou a lista dos jornalistas que receberão. São quase 70, e ela sempre vai aumentando. Dá uma ansiedade, mas as resenhas vão se movendo como placas tectônicas ao longo do ano. Espero que causem terremotos, tsunamis... Bem, ao menos um tremor 7.0 na escala Richter.

NESTE SÁBADO!